por Fabíola Maria Pereira Bezerra
Existe uma frase que gosto
bastante e que diz mais ou menos assim: “Sozinho ando mais rápido, mas aquele
que vai acompanhado chega mais longe”. No mundo corporativo essa frase reflete
a união da equipe na busca de objetivos comuns.
Cada pessoa tem uma
habilidade, que muitas vezes chamamos de “dom”, embora sejam coisas diferentes.
A habilidade é natural, ou seja, é algo que a pessoa recebe quando nasce. O
dom, por outro lado, é espiritual, é dado por Deus para que alguém cumpra uma
missão, ou algo assim.
Não é raro ouvirmos de
colegas de trabalho queixas ou relatos de insatisfação sobre situações
pontuais, ou mesmo sobre atribuições designadas a eles pelos gestores, que não
condizem com seu perfil, e estão distantes de suas habilidades pessoais. Algumas
vezes ficam as dúvidas: a insatisfação é motivada pela incompatibilidade com a
função? O gestor desconhece as habilidades de sua equipe?
Levando essa problemática
para o universo das bibliotecas é fácil entender as seguintes situações:
- Bibliotecários com habilidades para o processo técnico dificilmente conseguem interagir com usuários oferecendo a contento um serviço de atendimento;
- Bibliotecários com habilidades para trabalhar com pessoas podem ficar completamente “perdidos” em serviços meramente técnicos;
- Bibliotecários com habilidades em gestão de pessoas devem ser alocados para gerir bibliotecas;
- Bibliotecários com habilidades para funções administrativas devem trabalhar no processo de compras, por exemplo.
Entendemos que nem todas as
bibliotecas têm o privilégio de possuir mais de um bibliotecário. Nesses casos,
o “bibliotecário multiuso” aprende forçosamente a lidar
com todas as funções que o cargo lhe exige. Não sendo uma situação ideal,
obviamente o resultado ficará comprometido.
Mesmo em situações-limite, é
importante cada profissional conhecer suas habilidades e procurar aplicar suas
aptidões para obter resultados satisfatórios. Dessa forma, acreditamos que
haverá redução de insatisfação profissional, crescimento de motivação e
aplicação de resultados. Cada profissional com sua habilidade, cada habilidade
em busca de resultados diferenciados.
E se
você ainda não percebeu qual a sua habilidade, é hora de propor um rodízio de
atividades onde trabalha! Quem sabe assim você não desperta um grande
profissional “adormecido”?
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