terça-feira, 26 de maio de 2015

BIBLIOTECONOMIA SOCIAL: Você sabe o que é isso?



Por Catia Lindemann
Bibliotecária (CRB-10/2349)

Dentro da contemporaneidade, a Biblioteconomia vive o seu auge multidisciplinar. Já não cabe apenas tratar e disseminar a informação, mas também levar esta informação a quem não tem acesso a ela, transformando a nossa Biblioteconomia em ponte para o acesso à educação, afinal não classificamos e catalogamos apenas os livros, mas o saber acima de tudo.

Portanto, esta interação entre a técnica e o social me fez conceber o que intitulo de “Biblioteconomia Social”, ressaltando a necessidade de idealizar a técnica bibliotecária mencionando também a responsabilidade social que a cerca.

O próprio juramento da Biblioteconomia, disposto pelo Conselho Federal de Biblioteconomia (1966), carrega o peso da responsabilidade social Bibliotecária quando cita: “Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana”.

A Biblioteconomia nasceu pela necessidade de classificação das obras do conhecimento devido à massa de obras publicadas e armazenadas em bibliotecas sem qualquer controle de ordem. Mas hoje os tempos são outros, em pleno século XXI, com uma sociedade que luta por igualdade, isso inclui o acesso à informação, os direitos humanos buscando consciência cidadã por parte dos profissionais de todas as áreas, não há mais razão em querer nivelar a Biblioteconomia atual da Biblioteconomia Deweyniana.
            
Compreende-se que a Biblioteconomia Social tornou-se imperativa e que o bibliotecário não só pode como deve levar seu conhecimento técnico para comunidades, sejam elas quais forem, aonde o seu exercício profissional seja a diferença no que diz relação ao acesso à informação.
             
Está mais do que na hora de militar por uma Biblioteconomia consciente do seu papel político, social e ativo dentro do maior tesouro social da humanidade: a informação.
 
Mas você deve estar se perguntando: “Como funciona a aplicabilidade desta Biblioteconomia Social?”. Poderíamos colocar aqui vários outros caracteres explicativos, mas nada contextualiza tanto quanto os registros de imagem da Biblioteconomia Social em ação:

 

























Todas estas atividades foram desenvolvidas pela Biblioteconomia, que provou ser capaz de ir além da técnica, agregando valores e fazendo a diferença dentro da comunidade. A Biblioteconomia é o bibliotecário, e ela vai onde está a atuação deste profissional, independente de suporte físico, mas visando única e exclusivamente ao livro e ao leitor, levar informação a quem não tem acesso à informação. Isso é Biblioteconomia Social!

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NÃO PERCA NOSSA PRÓXIMA PAUTA:
"Inclusão social através da leitura com adolescentes em MSE (Medida Socioeducativa)", atividade exercida pela Bibliotecária Nair de Freitas Hermes, Coordenadora da Biblioteca Érico Veríssimo, na cidade de Rio Grande (RS).

segunda-feira, 25 de maio de 2015

BIBLIOTECONOMIA SOCIAL


“Os caminhos e as atribuições da Biblioteconomia são muitos, o espaço bibliotecário é aberto e amplo, vamos entender a Biblioteconomia humanista respaldada da dignidade de pessoa humana (Biblioteconomia para o usuário) na qual concebemos como Biblioteconomia Social”.

Essa é a proposta do novo projeto do Mural Interativo do Bibliotecário, apresentado pela bibliotecária Cátia Lindemann. Acontecerá quinzenalmente, sempre às terças-feiras.


Participe conosco!

SOMOS ETERNOS ALUNOS!

Por Ana Luiza Chaves

A busca pelo conhecimento se inicia a partir da interação com o meio. Todo dia é dia de se aprender mais... Tudo começa quando alguma coisa nos incomoda, chamando a nossa atenção. Sentimos a necessidade de superar esse obstáculo, de ir além, de desvendar o novo, de aprender, por isso somos eternos alunos.

Enquanto alunos, segundo o psicólogo cognitivista americano 
George Miller (1956), durante o processo de aprendizagem, passamos por quatro fases que, somadas, constituem uma trajetória gradativa:

1.    Incompetência inconsciente (estágio de ignorância) - Estamos na zona de conforto, por não conhecermos o objeto, não sabemos que não sabemos. 
2.    Incompetência consciente (estágio de confusão) – Mas, a curiosidade ou a necessidade bateu à porta, foi preciso buscar o objeto, e daí ficamos surpresos com um mundo desconhecido, há tanto o que aprender! Sabemos que nada sabemos. 
3.    Competência consciente (estágio de conhecimento) - Com dedicação e persistência estudamos o objeto desconhecido e conseguimos aprender. Sabemos que sabemos.
4.    Competência inconsciente (estágio de Sabedoria) - Agora é preciso ir além, internalizar o conhecimento, conhecemos muito bem o objeto e, por isso, podemos libertar nossas atenções para outras coisas. É tão natural, que não sabemos que sabemos.

Quando nos deparamos com outro objeto desconhecido, retornamos sempre ao início e fazemos toda a trajetória desse novo contexto. Se conhecermos bem esse processo constante de ir e vir, fica mais fácil entender e passar de uma fase para outra, buscando sempre o progresso.



É óbvio que a prática da leitura contribui de forma positiva, auxilia na compreensão, torna o processo mais célere, desvendando os mistérios do desconhecido.

Portanto, cabe ao bibliotecário, enquanto eterno aluno, buscar sempre mais conhecimento, aprimorando-se a cada dia, para preencher suas lacunas e, assim, poder cumprir o seu papel de agente educador na área em que atua, orientando os seus usuários na busca pela informação, objetivando a geração de conhecimento.