segunda-feira, 29 de maio de 2017

OS PLANOS A E B DA VIDA

Por Ana Luiza Chaves

Não é que não se tenha lutado pelo dito plano A original, aquele que estava como meta de vida, lá nos idos da carreira, é que na verdade ele não era o plano A, estava apenas disfarçado, se passando como tal, para fazer o teste da capacidade de levantar e ir em frente.
E agora, o A passa a ser o B, ou até desaparece e o B incorpora o papel do A. Foi só uma questão de leitura, no novo contexto. O A atual, que outrora já fora B, ficará com esse status até que um novo B de tão robusto tome o lugar desse A que, por sua vez, voltará a ser B novamente.
Mas, o A que é A realmente, se mantém até o fim e não admite que qualquer B tome o seu lugar, por mais insistente que seja. E neste caso prevaleceu a persistência, a questão de foco e até de missão. A pessoa não se vê executando um plano B, porque este não lhe satisfaz plenamente, entra em conflito com a essência dessa pessoa.
No entanto, o B que é realmente B, socorre e toma o lugar do A naqueles momentos em que este falta. São os imprevistos do dia a dia e, neste caso, o clique aqui B é imprescindível, é importante, nem que seja por alguns momentos, ele tem que responder às necessidades do que estava planejado enquanto A, de forma particular, como B, um B que socorre, que ampara, que restabelece a ordem.
Não importa se A ou B, o que importa de fato é ser feliz, é se completar com a profissão e depois disso tirar as outras vantagens materiais decorrentes dela, que também devem ser levadas em conta, claro.
São fases da vida, são as mudanças acontecendo, são os novos contextos surgindo com a necessidade premente de adaptação. Mas, mudar não é assim tão fácil. Encarar o novo e sair da zona de conforto mexe com tudo e o senhor tempo cuida desse tudo.
Quem já não passou por uma mudança? Mesmo que não tenha sido uma mudança expressiva está "condenado" a mudar sempre, porque o mundo está cheio de mudanças e cada vez mais tempestivas.
E assim o A vira B e o B vira A e a vida vai de A para B e vem B para A, pode ser linear e angular como o A ou cheia de curvas e contornos como o B ou ainda uma mistura dos dois. O melhor é aproveitar o bom de cada um, fazendo a leitura conforme o contexto e ser feliz.
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segunda-feira, 22 de maio de 2017

BIBLIOTECÁRIO HOME OFFICE

Por Fabíola Bezerra

O grande desafio que vejo atualmente para qualquer profissional que em meio à crise decide ser autônomo é, basicamente, a mudança de conceito.
Temos nossa mente formatada para um modelo padrão de emprego, com espaços bem definidos e horários rígidos. Estamos habituados com o horário do cafezinho e o bate papo com os colegas de trabalho, esse “conforto” é praticamente o oposto de se “aventurar” numa empreitada como autônomo/empreendedor, que requer muita determinação e foco.
No trabalho formal o expediente é em média 8 horas, com intervalo de almoço. Como empreendedor, você não tem horário fechado de trabalho, pois depende basicamente de você e seu rendimento pessoal estará diretamente atrelado à sua capacidade de concentração e dedicação.
O trabalho na modalidade home office é atrativo em vários aspectos: pela flexibilidade dos horários, pela facilidade de mobilidade, seu escritório poderá funcionar em qualquer lugar, mas, ele de fato só funciona se houver disciplina.
O conceito de home office é democrático pois possibilita igualmente trabalho para todos, o importante e indispensável ao meu ver é uma mente aberta e uma grande capacidade de produção.
Para bibliotecários, o modelo de trabalho home office não tem crise, independe de concursos públicos ou de vagas em instituições privadas. O leque de conhecimentos que adquirimos a partir da nossa expertise como bibliotecários, possibilita que atuemos para diferentes segmentos de maneira autônoma e na modalidade de home office.
Identificar um segmento para atuar, conhecer a “dor” ou incômodo desse segmento, encontrar uma solução para resolver esse incômodo, criar informações que agreguem valor, junte tudo isso com uma boa dose de criatividade, que você terá a base de um negócio sólido.
O modelo ou “fórmula” apresentado acima não é novo para os bibliotecários, fazemos isso todos os dias nos muitos atendimentos que fazemos diariamente nas unidades de informação que atuamos. O problema é que fazemos para resolver situações pontuais dos nossos usuários. Eles são atendidos, resolvem seus problemas, ficam satisfeitos e depois vão embora. O bibliotecário geralmente fica envaidecido por mais um serviço prestado e ponto final, pois, dentro desse contexto, cumpriu o seu dever.
Quando o bibliotecário quer ir além, ele cria um negócio a partir da dor/incômodo do seu usuário, ele deixa de ser usuário para virar cliente, você deixa de ser bibliotecário de balcão para ser bibliotecário empreendedor. O seu espaço de trabalho deixa de ser unidade física de informação e passa a ser em qualquer lugar a partir do seu computador e da sua capacidade de criar conteúdo de valor. Você deixa de ser o bibliotecário da empresa X ou Y e passa ser a pessoa de referência do assunto que você domina.
Use as redes sociais a seu favor, divulgue o seu conhecimento e a sua expertise de forma que possa ser visto pelas pessoas, mostre para elas suas dores e incômodos e apresente soluções. Crie sua imagem como pessoa de referência no assunto que você domina, é assim que começa um empreendimento no mundo digital.
A partir de um trabalho home office você poderá se tornar um grande bibliotecário empreendedor.
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segunda-feira, 1 de maio de 2017

BIBLIOTECÁRIO, HÁ VAGAS!

Por Ana Luiza Chaves

Há vagas, muitas vagas!
Não estamos, necessariamente, nos referindo àquelas vagas de um emprego formal, na esfera pública e/ou privada, apesar de também existir muitas delas, mas àquela que nasce naturalmente, porque você se identificou com algo prazeroso, que gosta de fazer e que tem expertise para tanto.
Bibliotecário, você busca a vaga!
Pensando e mergulhando na amplidão de nossa profissão, um leque se abre, afinal lidamos com informação e quem não precisa dela? Podemos entregar pacotes e pacotes dela, tornando-a acessível nas mais diferentes esferas e tipos de mercado, principalmente, atualmente, no mundo digital, essa oportunidade é cada vez mais exponencial.
Bibliotecário, você cria a vaga!
Neste Dia do Trabalho queremos chamar a atenção para aquele trabalho prazeroso, aquele que você executa sem sentir o tempo passar. Nesse contexto você mistura trabalho, estudo e lazer, conforme pensamento de Domenico De Masi, que acreditamos e reforçamos. O trabalho como fardo é muito trabalhoso, cansativo, rendoso, fuja dele! Trabalhar não precisa ser tudo isso para você dizer que tem um trabalho.
Bibliotecário, já pensou em empreender?
Sim! Na nossa área é possível, sim! Temos a faca e o queijo na mão, afinal, lidamos com informação e quem não precisa dela? Repetimos para fixar essa ideia e quem sabe, plantar uma semente, abrir horizontes, fazer enxergar além das paredes, sair do lugar!
Depois de ler esse texto, talvez você possa refletir a respeito e concluir que há vagas, muitas vagas! O mercado pede algo diferente, com valor agregado, precisamos ter sensibilidade para captar essas necessidades e chegar à frente.
Desejamos que neste Dia do Trabalho você faça essa reflexão, se você está bem no seu trabalho, que bom, que benção! Mas, se você não está satisfeito e quer mudar essa situação, é oportuno refletir sobre o que falta no dia a dia das pessoas, sobre o que vai facilitar a vida das pessoas, para descobrir como o bibliotecário pode suprir essa falta e preencher essa lacuna, daí podemos dizer:
Bibliotecário, a vaga é sua!
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