segunda-feira, 17 de setembro de 2018

TEMOS CLIENTES, QUE BOM!


Por Ana Luiza Chaves

Todo mundo é cliente de alguém e tem alguém como cliente. Sempre recebemos de alguém e passamos para alguém, seja na empresa que trabalhamos, reforçando a ideia de cliente e fornecedor interno, seja no mercado, comprando e vendendo. 

Nas bibliotecas e nos centros de informação e documentação não é diferente. Temos que estar bem atentos às necessidades de informação, para atender conforme o perfil de cada um, fazendo um bom trabalho de escuta. Saber ouvir e fundamental, assim gomo saber perguntar, pois, muitas vezes, o próprio cliente ainda não sabe o que quer e, neste caso, o feedback positivo vai fazer toda a diferença para alcançarmos o objetivo. 

No Dia do Cliente, vale o aviso de estarmos sempre abertos para atendermos bem ao nosso cliente, pois sem ele as portas podem se fechar. 

Temos clientes, que bom! 




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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

MUSEUS E BIBLIOTECAS MOSTRAM QUE SOMOS O QUE FOMOS

Por Ana Luíza Chaves e Fabíola Bezerra

Na última semana, a imprensa escrita, falada e televisiva, bem como as mídias sociais, tiveram como assunto de pauta principal o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. De repente, os museus, de um modo geral, saíram do “anonimato” e do “esquecimento” e viraram assunto do dia.


Políticos, instituições, profissionais, todos, de um modo ou de outro, manifestaram sua opinião, sua indignação ou a sua indiferença ao incêndio. O acidente virou manchete na imprensa internacional e deixou muitos brasileiros envergonhados pela imagem de descaso público perante um importante bem histórico e cultural do país.

Como um efeito cascata, museus pelo Brasil afora foram vistoriados e laudados, validando o que os museólogos já sabiam: a maioria deles está com prazo de validade vencida. Como por encanto, ou mágica, o que era esquecido virou manchete, as “velhas reivindicações” foram resgatadas, muitos se “livraram” da culpa, pois em algum momento do “passado” tinham registrado a situação de perigo e de abandono do Museu Nacional.

Quando virou pauta do dia e autoridades foram pressionadas por soluções e/ou reparações pelos maus tratos e descasos, fiquei na expectativa e na esperança de que as bibliotecas públicas, além da Nacional, óbvio, fossem incluídas nas instituições que merecem atenção e cuidados emergenciais e/ou especiais.

Em fevereiro deste ano, um incêndio atingiu uma sala no terceiro andar do prédio da Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco, no campus Recife.

Uma biblioteca pública do Maranhão, o Farol do Saber, na cidade de Cidelândia, a 640 km de São Luís, também pegou fogo, consumindo livros e móveis, na madrugada do sábado que antecedeu o domingo do incêndio do museu.

A reforma da fachada do prédio da Biblioteca Nacional, que trouxe de volta as características originais do prédio com o reparo nas janelas de madeira, além da pintura e da limpeza da cúpula de cobre, foi um avanço para preservação do patrimônio histórico e cultural do Brasil. A instituição, como o Museu Nacional, é a maior da América Latina e é referência nacional e internacional para a preservação do patrimônio bibliográfico e documental.

Arquivos e biblioteca também foram destruídos no incêndio do Museu Nacional, a Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional/UFRJ, o Centro de Documentação de Línguas Indígenas, e a Biblioteca Francisca Keller, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social.

Não estamos mais em tempos de queimar livros por decisão, como em Alexandria, Granada e Louvain, mas também não podemos deixar que sejam incendiados por indecisão e falta de ação preventiva.

Analisando a humanidade com um pensamento estritamente histórico, nós somos o que fomos. Um pouco de todos nós se perdeu nas chamas do incêndio do Museu Nacional, perdas irreparáveis.

Como conhecer a nós mesmos sem as fontes arqueológicas, documentais e bibliográficas?

Todo cuidado é pouco!
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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

INDEPENDÊNCIA

Por Ana Luiza Chaves

Independência!
Será? Onde está?
Fazendo a leitura, ainda há pendência,
Pendência de saúde, de educação, de habitação...
Ainda há tráfico de influência,
Ajeita daqui, ajeita dali, você sabe com quem está falando?
Herança colonial, fardo ainda atual e com muita fluência,
Deixemos de lado, não consideremos.
Consultando o cerne da questão, a veia da essência,
Resta-nos buscar mais, sempre mais,
Cada um no seu contexto, com consciência e paciência.
Contribuir, dedicar-se e construir,
Seja na sociedade, na ciência ou na docência...
Todos são uma nação, não a deixemos na mão,
Nada de resistência, violência, nem maledicência,
Se a cada dia edificarmos, a cada dia é de ficarmos
Com mais liberdade, mais plenitude, mais independência.
Povo heroico e de braço forte,
Esbanja benevolência e obediência.
Burrice? Panaquice?
Não. Sabedoria! Inteligência!
Com passividade, sem arbitrariedade, queremos:
Do político, eficiência!
Ouve o nosso brado silencioso.
Do governo, consistência!
Somos filhos que não fogem à luta.
Do mundo, evidência!
Somos gigantes pela própria natureza.
Uma nova leitura, Independência!



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#Otextoénosso #IndependênciadoBrasil