segunda-feira, 25 de junho de 2018

A FÓRMULA DO ACERTO BIBLIOTECÁRIO: “UTILIDADE, PROXIMIDADE E AFETIVIDADE”, POR NUNO MARÇAL

Por Ana Luíza Chaves e Fabíola Bezerra

Vimos na palestra do Bibliotecário português Nuno Marçal uma nova fórmula do "fazer bibliotecário", com atendimento às necessidades informacionais bem peculiares de cada usuário, olhando sempre no olho e dentro da alma de cada um deles, com proximidade e afetividade.

Seria mesmo uma nova fórmula? Nuno nas suas andanças com a "sua carrinha" não estaria na verdade cumprindo a verdadeira missão do bibliotecário, buscando soluções, facilidades e utilidades para entregar a quem delas precisam?

A fala de Nuno foi um despertar, um sinal de alerta, uma chamada para quem ainda não está cumprindo a missão social do bibliotecário. Sim, porque ela está intrínseca na nossa atividade, seja ela qual for dentro das possibilidades bibliotecárias.

Haverá sempre um caminho a seguir, para que possamos cumprir as questões de utilidade, proximidade e afetividade mencionadas na palestra, basta refletir, considerar o contexto e ver onde existe uma lacuna. Depois entra o principal elemento: a vontade de realizar. Por vezes essas lacunas são problemas pequenos, que, de tão simples, passam despercebidos ou não nos motivam para agir. Mas, aí está a questão, o simples para nós pode ser a dificuldade do outro.

Vamos agir em prol do nosso público, cada bibliotecário deve conhecê-lo bem e assim promover e entregar produtos conforme o contexto de atuação e demandas, preenchendo as lagunas, representando o tripé da fala do Bibliotecário Nuno Marçal: utilidade, proximidade e afetividade.

A tríade acima descrita é fortalecida pela multifunção de um bibliotecário que transcende ao que está descrito e definido no “manual”. Nuno, em sua fala, mostrou um fazer bibliotecário de multitarefas, reacendendo a chama e a paixão por uma Biblioteconomia próxima do povo e para o povo.

O meu olho brilhou e ficou marejado pelas histórias vividas e narradas, meu coração bibliotecário sentiu-se confortado e feliz por perceber em plenitude a nossa necessidade como profissional.

Viva a Biblioteca viva!
Vivo o Bibliotecário do povo!

Nuno Marçal em "Bibliomóvel de Proença-a-Nova: Uma Biblioteca Útil, Próxima e Afectiva!", se ainda não assistiu, assista!


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segunda-feira, 18 de junho de 2018

BIBLIOTECÁRIO EM FAMÍLIA

Por Fabíola Bezerra

Esses dias estava na casa da minha irmã quando minha sobrinha chegou angustiada e aflita, depois que defendeu sua dissertação, fez os ajustes indicados pela banca e está na fase das correções finais no arquivo.

Na ocasião, sua maior dificuldade era inserir a ficha catalográfica, em formato PDF, no local indicado, assim como, inserir a folha de aprovação, assinada pela banca, também em PDF. Sua dissertação estava no word e as folhas citadas acima estavam em PDF, ela já tinha quebrado a cabeça várias vezes, por vários dias.

Quando ela me viu disse assim: “Tia estou aflita, não consigo inserir a ficha catalográfica e a folha de aprovação dentro do meu arquivo da dissertação”. Ela realmente estava preocupada pois não conseguia encontrar solução para aquele seu “grande problema”.

Então eu disse: “Carol tenha calma que isso é fácil”.

Ela disse: “Como assim fácil?”. Dei uma risada e disse: 
“Vamos no computador que eu te mostro”.

Abrimos o arquivo da dissertação e disse: “Carol vamos primeiramente transformar seu arquivo em PDF”. Depois, procurei no meu Gmail, um e-mail que guardo na minha caixa de correios há muitos anos, cujo assunto do e-mail é: “JUNÇÃO DE PDF” . No conteúdo do e mail apenas o link de uma ferramenta onde é possível, juntar, cortar, recortar, inserir, extrair, etc páginas de arquivos em PDF, uma pequena maravilha que descobri por acaso na Internet há muitos anos, guardo esse e-mail como uma “relíquia”.

E foi assim que rapidamente resolvi o “grande” problema da minha sobrinha. Quando voltamos para o convívio com os outros familiares, ela rapidamente disse: “Tia Fab se garante”. Fiquei toda vaidosa com o seu comentário, mas fiquei pensando sobre o ocorrido.

O que fiz não foi nada extraordinário, mas teve para ela um grande valor, pois consegui resolver sua necessidade de informação imediata. Assim como ela, acredito que muitos pós-graduados, mestrandos, doutorandos necessitam de informações básicas para solução de problemas de pesquisa.

Como nem todos possuem a sorte de ter um(a) bibliotecário(a) na família, a atuação dos bibliotecários nas unidades de informações são muitas vezes essenciais na vida acadêmica dos usuários.

E, antes de terminar o texto, envio para vocês o link da ferramenta que comentei acima, na certeza de que será de muita utilidade para todos. Tomem nota: http://pdf.ter.dk/

E você, já salvou alguém da família, nessa mesma situação, aplicando sua expertise de bibliotecário?

Em casa de ferreiro, nem sempre o espeto é de pau.
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segunda-feira, 11 de junho de 2018

GESTÃO DISSO, GESTÃO DAQUILO, POR QUE NÃO A GESTÃO DOCUMENTAL?

Por Ana Luiza Chaves


Gestão de recursos humanos, gestão financeira, gestão de recursos materiais, gestão de recursos tecnológicos, gestão disso, gestão daquilo, são tantas as necessidades de gestão!

Todas bem faladas, bem tratadas, bem discutidas no contexto empresarial, mas, e a gestão documental?

São poucas aquelas empresas que se preocupam com ela, apesar de ser fundamental para a tomada de decisão, solução de problemas informacionais e fechamento de negócios. Esquecida ou relegada a uma plano inferior, por muitas vezes, só é considerada quando o caos documental está instaurado, levando a prejuízos incalculáveis e irreparáveis.


Antes que isso aconteça, nesse Dia Internacional dos Arquivos, tomamos a gestão documental para evidenciá-la como condição sine qua non, para que os arquivos possam cumprir seu papel, servindo à administração e à história, nas esferas social, política e econômica, disponibilizando o documento e a informação arquivística a quem deles necessitem.

A gestão documental evita o acúmulo desordenado de documentos, proporciona o controle, a padronização e o acesso aos documentos. Mas, qual o caminho a ser tomado para se ter a gestão documental?

O caminho é um tanto longo, mas não impossível de ser percorrido, para execução de cada etapa e conquista de resultados positivos.

A princípio, podemos iniciar com a definição, conforme Art. 3º, da Lei 8.159/1991:
Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
Depois, nos conscientizando da necessidade de constituição da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, conforme Art. 18, da Lei 8.159/1991, que apesar de estabelecer literalmente para os órgãos da Administração Pública Federal, recomenda, indiretamente, o mesmo para os arquivos privados:
Art. 18. Em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será constituída comissão permanente de avaliação de documentos, que terá a responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor.
Mais adiante, entramos no mister da questão, para tanto, resumimos algumas indagações necessárias de serem discutidas e articuladas durante esse processo:

Que espécie de documento é esse? 
Qual é a sua tipologia? 
Qual é a sua finalidade? 
A qual atividades/área ele pertence. Quem o produziu?
Quantos volumes/metros lineares são produzidos desse documento por um determinado tempo?
Quantas vias tem esse documento? 
O documento é físico ou eletrônico? 
Quais os elementos que o identificam de forma objetiva (indexação)? 
Quanto tempo de guarda (temporalidade) é necessário no arquivo corrente?
Quanto tempo de guarda (temporalidade) é necessário no arquivo intermediário?
Qual é a sua destinação depois desses prazos? 
Qual o nível e incidência de acesso a esse documento?
Qual o valor que se reveste esse documento?

Concluída essa etapa, é possível termos uma visão geral e detalhada sobre a documentação gerada/recebida por cada unidade produtora, para seguirmos adiante com outras questões da esfera arquivística.

Gestão documental, a única saída para o sucesso empresarial!
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segunda-feira, 4 de junho de 2018

ANDANÇAS E MUDANÇAS

Por Ana Luíza Chaves

Com o texto é nosso dessa semana queremos chamar a atenção de vocês, para um evento que está se aproximando, a palestra de alguém que sai por aí andando, sempre buscando levar informação e condição, novidades e possibilidades, não importam as cidades, nem as idades.
Estamos falando das andanças do bibliotecário português Nuno Marçal, que a bordo do seu bibliomóvel, provoca mudanças na vida das pessoas, trazendo-lhes alegrias e esperanças.

Aproveitamos a vinda dele ao Brasil e acertamos trazê-lo até o Ceará. Fortaleza o receberá no dia 22 de junho, e você, vai ficar de fora desse encontro? Já marcou ponto fazendo sua inscrição? É uma oportunidade singular.

A capa do Mural mudou, e quem ainda não reparou, agora se tocou.


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