segunda-feira, 30 de julho de 2018

DE VOLTA PARA O PRESENTE COM O OLHAR NO FUTURO

Por Ana Luíza Chaves


Este texto de hoje é destinado aos profissionais da educação, que retornam às aulas depois das férias de julho.

De volta para o presente com olhar no futuro é retornar ao período letivo já sabendo quais atividades serão realizadas ao longo do semestre, ou seja, com tudo pensado e planejado.

Para os professores, coordenadores e orientadores, isso é de praxe, haja vista as reuniões que ocorrem sistematicamente para esse fim.

Para os bibliotecários, nem sempre. Há instituições educacionais que incluem o bibliotecário nessa programação, mas é uma realidade ainda incomum.

Diante disso, é fundamental sensibilizar a direção da instituição sobre essa necessidade, pois muitas atividades podem ser idealizadas em parceria com a biblioteca, com vistas a diversificar o plano de aula. É cabível e oportuno para qualquer tipo de biblioteca.

Recepção dos novatos e veteranos, Dia Nacional da Saúde, Dia Estadual da Lei Maria da Penha, Dia do Estudante, Dia Nacional das Artes, Dia do Economista, Dia do Folclore, Dia do Psicólogo, essas datas são todas em agosto, sem falar no Dia do Professor e na Semana Nacional do Livro e da Biblioteca em outubro.

Tudo isso, em combinação com os professores, pode ser usado como pano de fundo e motivo para incentivar a leitura, executar atividade diferenciada na biblioteca, organizar seminários com alunos, trazer exposições e palestrantes de fora, etc.

Bibliotecário, se você ainda não pensou em nada, ainda dá tempo, programe-se, discuta com a coordenação, se faça presente no contexto da sua instituição!

Pedagogia e Biblioteconomia é uma parceria que dá certo. Ganham ambos os lados e mais ainda os usuários de sua biblioteca.


Vamos ganhar o presente e trabalhar o futuro!
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segunda-feira, 23 de julho de 2018

IN ou OUT?

Por Ana Luíza Chaves 

Entrada / saída; dentro / fora; ligado / desligado, desde muito cedo convivemos com essas palavras da língua inglesa nos mais diversos momentos e situações. Qualquer pessoa, mesmo não tendo o domínio do inglês, consegue decifrar esses vocábulos. No entanto, adicionados a outras palavras da língua, já se tornam expressões idiomáticas de difícil compreensão para os leigos, ampliando seus significados.  

Como são antônimos, se completam. Afinal, o que seria da entrada se não houvesse uma saída? Ficaríamos presos para sempre. E se não pudéssemos nos desligar por um instante? Estaríamos fadados ao cansaço. Pois bem, hoje vamos abordar os termos inbound e outbound aplicados ao marketing.  


Inbound marketing é uma forma de fazer publicidade usando plataformas online, tais como youtube, blog, podcasts, e-books, newsletters, whitepapers, SEO, adentrando no conceito de marketing de conteúdo, para atrair futuros leads à base de contatos, ou seja, interesses das pessoas, do público alvo, criando um relacionamento duradouro. 

É uma estratégia de marketing digital, também chamada de marketing de atração, pois, ao invés de interromper, busca-se atrair, primeiro passo dentro do processo: atrair, converter, vender e, por fim, encantar. Conquistar visitantes, converter em leads, transformá-los em consumidores e, finalmente, fidelizá-los, para que promovam a marca, o produto ou o serviço. 

Em tempos de mídias sociais, de tecnologias informacionais, é a febre da atualidade, porque as facilidades são inúmeras. 

Mas, e o outbound marketing, do que se trata? Na verdade, é o marketing realizado pelos canais mais tradicionais, outdoor, TV, rádio e até a mala direta e o telemarketing, que antes já foram considerados canais de ponta. 

Enquanto o inbound busca uma maneira passiva de conquistar clientes, há empresas que necessitam / preferem prospectá-los ativamente. 

Portanto, há espaço para ambos, dependendo do contexto, da empresa e das estratégias de marketing. A ordem é aditiva e não alternativa: inbound e outbound! 

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segunda-feira, 9 de julho de 2018

SE CAIU, LEVANTE!

Por Ana Luíza Chaves

Derrota, queda, fracasso, não é fácil lidar com tudo isso, mas também não é impossível. O mundo inteiro assistiu a eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.


Em tempo globalizado, sem fronteiras, com todos plugados full time e o mu do a um clique, as equipes estão mais competitivas, fortes e imprevisíveis (mercado); querem evidenciar o nome do país, ganhar as partidas, e pretendem ser campeão (missão, objetivo e visão). Para tanto, trabalham suas deficiências e exploram suas potencialidades (pontos fracos e fortes); estão de olho em cada sistema tático do jogo que aconteceu, para conhecer melhor os times e conseguir melhores resultados (oportunidades e ameaças).

... Esse é o traçado para o caminho do planejamento estratégico, necessário e imprescindível na atualidade. Quem não fez o dever de casa, caiu!

Tristeza, desilusão, decepção, mas, nem tudo está perdido, valeu o ocorrido, para tê-lo como aprendizado para a próxima empreitada. A frase tem um fundo um tanto clichê, mas é a verdade usada nos treinamentos motivacionais, bem como a única saída, depois da queda. 

São ciclos que acontecem na vida profissional cheios de altos e baixos. Saber perder e tirar lição e proveito disso é inteligente e oportuno.

Na jornada dos bibliotecários também acontecem essas interferências externas. Quantas vezes tivemos que levantar depois de uma queda? Um projeto que falhou, uma demissão inesperada, alguém que chegou e tomou seu lugar, uma missão que teve de ser abortada... 

Se temos maturidade e controle para rever as questões internas, cuidando de cada uma delas, e capacidade para enxergar e interpretar os fatores externos, a coisa se torna menos difícil. Temos que buscar a causa raiz (os 5 por quês), para reavaliar, agir e melhorar (PDCA).

Vimos que teorias da Administração são colocadas à prova diariamente, elas funcionam, mas temos que saber respeitá-las e aplicás-la corretamente.

Se caiu, levante, e da próxima vez administre melhor cada jogo da vida.


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segunda-feira, 2 de julho de 2018

O BIBLIOTECÁRIO E O MODELO ESTANDARDIZADO

Por Fabíola Bezerra

Normas, códigos, regras, citações, são tantos padrões e modelos pré-definidos que fazem parte do dia a dia do bibliotecário, dificultando dessa forma, um olhar, ou um fazer fora da caixa.

Temos um “olhar clínico e crítico” todas as vezes que abrimos um livro ou folheamos algum periódico, observamos intuitivamente os pontos, as vírgulas, os espaços, às margens, nada passa batido ao olhar de um bibliotecário. É mais forte do que nós, isso vai além da nossa vontade...Quando percebemos, lá estamos nós, parece que temos uma lupa embutida em nossos olhos e nas nossas mentes.

Isso é bom, mas também é ruim! Ao meu ver, esse olhar tão clínico dificulta uma abertura para novos modelos de mercado. As normas e os padrões do universo biblioteconômico, na maioria das vezes, não é o mesmo que é aplicado e que apresenta resultados no mercado digital, por exemplo.

O excesso de normas e padrões, ou a falta delas, talvez seja o dificultador da inserção do bibliotecário como empreendedor digital. Empreendedores buscam resultados independente de padrões, na maioria das vezes, “o feito é melhor que o perfeito”. O empreendedor digital, por exemplo, cria um ebook para partilhar conhecimentos e habilidades que dominam, independentes de citações ou de normas da ABNT, os objetivos e propósitos na partilha de conhecimentos é basicamente para gerar valor, construir audiência e se tornar referência na sua área de atuação.

O bibliotecário por sua vez, ao produzir um conteúdo, dificilmente irá se embasar apenas na sua expertise ou habilidade profissional, é como se o seu saber e a sua prática profissional não fossem suficientes para validar o seu conhecimento. Uma coisa é o modelo para a produção científica, outra coisa é uma comunicação para um fim prático. Nesse sentido, o excesso de normas e padrões de certa forma trava a atuação do bibliotecário como empreendedor digital.

Essa constatação é minha, sem nenhuma fonte para validar essa teoria, é fruto das minhas observações, é fruto também de alguns cursos que fiz quando adentrei no universo do empreendedorismo digital e, principalmente, pela comparação que faço na atuação e nos resultados do empreendedor e do bibliotecário dentro do universo digital.

Bibliotecário, se você pretende atuar no universo digital, "destrava"!

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