segunda-feira, 2 de março de 2015

INÍCIO DE SEMESTRE NAS BIBLIOTECAS: SEJAM BEM-VINDOS!


por Ana Luiza Cavalcanti Farias Chaves


Início de semestre é momento oportuno para apresentar a Biblioteca, seus produtos e serviços, normas e procedimentos aos novos alunos. Para a maioria deles, é o primeiro contato com a instituição biblioteca, para outros, é a chance de conhecer mais uma biblioteca, por esse motivo, é importante pensarmos nas estratégias para atingir esse público, seja de alunos novatos ou veteranos, a fim de que possamos, enquanto administradores do sistema, dar o nosso recado da forma mais abrangente possível.

Não há uma forma única, uma receita de bolo, até porque cada biblioteca tem os seus objetivos e seu público específico. A verdade é que dispomos de vários meios, canais e mídias para fazê-lo com excelência, bastando para tanto, usarmos a criatividade e fazer um bom planejamento prévio das ações a serem tomadas com a equipe de trabalho, alinhando-o com a coordenação/direção e focando nos usuários.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CLASSIFICAÇÃO POR CONTEXTO

Por Fabíola Maria Pereira Bezerra e Francisco Edvander Pires Santos

Na era em que os sistemas de classificação encontram-se cada vez mais cadastrados em nossos sistemas de recuperação da informação (entendam-se também softwares de automação), todo cuidado é pouco com os termos “isolados”, aqueles que nem sempre são cadastrados com complemento ou com modificador em nossas bases de dados.

Por conseguinte, a identificação de um assunto de forma “isolada” poderá resultar numa recuperação truncada, pois existem termos semelhantes que remetem a contextos distintos e que podem ser encontrados em diversas classes. Para ilustrar, lembramos rapidamente de termos como “manga” (fruta e manga de camisa), “raízes” (parte da planta e no contexto da Sociologia) e “tempo” (no aspecto da Língua Portuguesa ou da Astronomia), dentre outros exemplos.

Cuidados nesse sentido podem evitar que livros fiquem completamente “perdidos” no meio das estantes e em classes que não lhe pertencem. Quando equívocos assim acontecem, é possível, por exemplo, acontecer de um livro que aborda o assunto “tempo” em Astronomia (mais especificamente na classe 529 - Cronologia) estar equivocadamente localizado no meio dos livros classificados como tempo verbal (sob a notação 469.562).



Fica-nos, portanto, três lições:

1. Mesmo que o sistema recupere o termo exato que você procura, faz-se necessário recorrer ao CONTEXTO no qual esse termo está inserido, pois um termo “isolado” pode nos conduzir ao equívoco, e o item classificado corre o risco de “se perder” no acervo em meio a um assunto não correspondente;

2. Nem sempre colocar em prática a ideia de que catalogar determinado item trata-se de um trabalho “mecânico”, já que a classificação nos exige uma análise conceitual e detalhada do item;

3. Por via das dúvidas, sempre comparar se a notação e o assunto trazidos pelo sistema correspondem àquelas especificadas na versão impressa do sistema de classificação adotado pela instituição (seja CDD ou CDU) e sempre verificar se no acervo já consta alguma obra equivalente à que será catalogada.

Além disso, estar atento aos sinônimos da língua portuguesa e/ou inglesa também servirá de grande auxílio para evitar situações como essas e, como consequência, para conduzir em tempo hábil os nossos usuários às obras requisitadas.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

OS PERIÓDICOS IMPRESSOS ESTÃO RECEBENDO O DEVIDO DESTAQUE QUE MERECEM?



por Ana Luiza Cavalcanti Farias Chaves
 
Falando de periódico, independente da sua natureza e do seu tipo de suporte, eles realmente agradam e preenchem uma lacuna deixada pelos livros, não que estes sejam dispensáveis ou menos importantes, absolutamente, cada tipo de publicação e fonte de informação tem a sua finalidade, mas, aqueles são mais dinâmicos, trazem a efervescência da matéria, é o pão que acabou de sair do forno.

E falando em forno, depois da fornada de periódicos eletrônicos, inclusive daqueles de acesso online e aberto, e do encantamento que eles causam, fica a pergunta: Os periódicos impressos estão recebendo o devido destaque que merecem, com sinalização específica, estantes apropriadas e indexação adequada?

É óbvio que praticidade, visibilidade, acessibilidade, mobilidade, operabilidade e tantas outras “idades” dos eletrônicos facilitam por demais a nossa vida (dos bibliotecários), bem como a dos usuários, mas, o periódico impresso não deixa de ter seus encantos, seja lá qual for a sua idade. Marcam presença e têm público cativo, sejam eles científicos ou não científicos, tanto em função do volume e forma, como pela química do toque do folhear, do olhar e até do cheiro.

E, como são periódicos na essência da palavra, movimentam o fluxo de entrada de publicações, estão sempre chegando, marcando presença diariamente, semanalmente, quinzenalmente, e tantas outras mentes, aliás, elas ficam bem mais brilhantes depois que fazem a leitura.



O fato é que enchem as prateleiras das estantes, se espalham, tomam espaço e haja espaço para dar conta de tantas coleções...

Os periódicos científicos, previamente analisados por pares e dentro de um padrão de qualidade, são indexados em bases de dados e se destinam a promover o progresso da ciência, pois trazem o resultado de novas pesquisas e estas ensejam novas pesquisas, criando um verdadeiro círculo virtuoso.

Os periódicos não científicos trazem matérias do dia a dia, escritas por jornalistas, cronistas renomados ou até técnicos de alguma área específica. A sua importância, vai além da atualização, pois podem despertar alguma inquietação junto ao leitor, acarretando em uma futura pesquisa.

Científicos ou não científicos, sabemos que os periódicos impressos têm o seu valor. Não vamos, então, subestimá-los, em detrimento aos eletrônicos, valorizá-los é, sobretudo, respeitar as origens, as tendências e preferências de nossos usuários, garantindo-lhes informação e conhecimento sem discriminação.

Na recuperação da informação, o importante é o resultado e não a forma e/ou suporte!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

"LIFE AN A SERVICE”: NÓS JÁ FAZEMOS ISSO NAS BIBLIOTECAS!

por Fabíola Maria Pereira Bezerra
 
Lendo sobre marketing digital, e-commerce e assuntos correlatos, eu me deparei com uma palestra no youtube de Murilo Gun, um administrador de empresa que de maneira bem humorada faz palestras pelo Brasil falando sobre LIFE AN A SERVICE, Murilo apresenta o mesmo como o “futuro do varejo”, trocando em miúdos, o termo aborda “novos modelos de negócios baseados em acesso”.

Em sua palestra ele ressalta uma “nova” tendência do consumidor, quando o mesmo reduziu a propriedade de produtos e migrou para um novo modelo de consumo “baseado em acesso aos benefícios dos produtos, como se eles fossem um serviço”, ou seja, o consumidor deixa de adquirir o produto e passa a utilizar o serviço.


Ora, isso é o que as bibliotecas fazem desde sempre: o livro como objeto de acesso, com uso compartilhado por dezenas, e até centenas de usuários.

Quando vejo o conceito de “acesso” no lugar da “posse” divulgado como uma novidade para o comércio, fico pensando que nós nas bibliotecas já internalizamos isso como um metiê do nosso trabalho, que até esquecemo-nos de agregar isso como valor para os nossos usuários, deixamos de ressaltar o obvio quando não mostramos o uso dos livros das bibliotecas como mais valia, onde os usuários deixam de capitalizar altos recursos para compra de livros e passam a ter acesso gratuitamente a milhares deles a custo zero.

O movimento ESQUEÇA UM LIVRO, nada mais é do que o conceito de "life an a service", o curioso é que a iniciativa aqui no Brasil não partiu de um bibliotecário. Obviamente que nas bibliotecas, por uma questão burocrática e legal, não é possível criar uma "partilha" nos moldes do "esqueça um livro" com o acervo da biblioteca, mas, poderemos sempre criar novas perspectivas e novos olhares para a "arte" milenar de emprestar livros em bibliotecas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

CUIDADOS COM A SAÚDE AO MANUSEAR NOSSOS ACERVOS


Alguns tipos de mofo encontrados em coleções de bibliotecas e arquivos, como certas espécies de Aspergillus, podem causar sérios males, ou até mesmo a morte, a indivíduos susceptíveis [...] Ainda, sem qualquer relação com as espécies presentes, indivíduos com alergias sérias, diabetes, asma, problemas respiratórios ou sistema imunológico comprometido, bem como aqueles que estejam usando esteróides, deveriam evitar a área e os materiais afetados.
 

Mesmo a exposição a mofos não altamente tóxicos pode causar conseqüências sérias à saúde, incluindo problemas respiratórios, irritações na pele e nos olhos, além de infecções. Os esporos do mofo adentram o corpo por inalação e através de pequenas aberturas na pele. ‘Florescimentos’ maiores e aqueles que envolvem espécies altamente tóxicas requerem ajuda
de profissional habilitado. Os seguintes acessórios e procedimentos de proteção são necessários para se lidar com eclosões menores, após um micologista ter verificado a ausência de espécies altamente tóxicas:

• Respirador com um filtro para partículas, do tipo HEPA (High Efficiency Particulate Air) NÃO uma máscara de poeira.
• Luvas de plástico descartáveis.
• Óculos ou outro dispositivo de proteção aos olhos.
• Macacões ou aventais de laboratório, de preferência descartáveis.
• Proteções (capas) para os pés e a cabeça, para ambientes com muita sujeira. Remoção dos macacões, aventais de laboratório e dos acessórios de proteção para uma área ‘suja’ escolhida.
• Desinfecção periódica dos acessórios não-descartáveis. Lavagem dos aventais de laboratório, macacões, e outros itens laváveis em água quente e com substâncias de alvejamento. Limpeza dos respiradores com isopropanol (álcool de polimento), álcool comercial ou Lysol e troca regular dos filtros. (PRICE, 2001, p. 27).

E você? Tem levado a sério a prevenção contra doenças em seu ambiente de trabalho? Já adquiriu ou conhece alguém que tenha adquirido algum problema de saúde ao desempenhar as suas funções? Compartilhe conosco!

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Texto extraído de:

PRICE, Lois Olcott. Como lidar com uma contaminação de mofo: instruções em resposta a uma situação de emergência. In: OGDEN, Sherelyn et al. Emergências com pragas em arquivos e bibliotecas. 2. ed. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos, 2001. p. 25-34. Disponível em: <http://www.portalan.arquivonacional.gov.br/media/CPBA%2026%20a%2029%20Emerg%20Pragas.pdf>. Acesso em: 31 jan. 2015.

sábado, 31 de janeiro de 2015

SUGESTÕES DE LEITURA: REDES SOCIAIS


Compartilhamos algumas das dicas de leitura da administradora do Mural Interativo do Bibliotecário, Fabíola Bezerra:
 
"Depois do MURAL INTERATIVO DO BIBLIOTECÁRIO e da T-shirts MURAL, tenho inserido com frequência esse tema nas minhas leituras, faz muita diferença entender a dinâmica das redes sociais."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

INDEXAÇÃO: SEM RUÍDO, SEM SILÊNCIO


por Ana Luiza Cavalcanti Farias Chaves
 
Qual bibliotecário ainda não trabalhou com indexação? Com certeza, nenhum se privou dessa atividade, que faz parte do tratamento temático da informação, imprescindível no nosso dia a dia. Desempenhamos essa atividade tanto na catalogação por assunto, como em sistemas de informação produtores de bases de dados, em que o detalhamento é maior.

A ABNT traz na NBR 12.676:1992 a seguinte definição: “Ato de identificar e descrever o conteúdo de um documento com termos representativos dos seus assuntos e que constituem uma linguagem de indexação.”

Robredo (2005, p.165) enfoca o caráter singular da interpretação: “A indexação consiste em indicar o conteúdo temático de uma unidade de informação, mediante a atribuição de um ou mais termos (ou códigos) ao documento, de forma a caracterizá-lo de forma unívoca”.

O assunto é complexo, muitos autores discorrem a respeito. Nessa oportunidade, queremos apenas chamar a atenção: todo cuidado é pouco para não gerar ruídos ou silêncios! Estes se referem aos itens existentes no acervo, que não foram recuperados por ocasião de uma busca, e aqueles, aos itens recuperados, mas, não pertinentes à questão elaborada. 



Para evitar ruídos e silêncios, devemos, a priori, atentar para os interesses da comunidade de usuários, ser imparcial, atentar para o grau de exaustividade e especificidade necessário e cumprir, cautelosamente, cada etapa do processo:

1. Analisar, a partir de leitura técnica, considerando os principais elementos (título e subtítulo; resumo; sumário; introdução; ilustrações e tabelas; palavras em destaque e referências);
2. Sintetizar, construindo os elementos para identificação da unidade de informação;
3. Representar (ou traduzir) para a linguagem documental adotada.
“Metade do conhecimento consiste em saber onde encontrá-lo.” (Samuel Johnson, 1775). Nesse sentido, gostaríamos de saber: os termos que usamos na indexação refletem também a maneira como os usuários fazem suas buscas?

***
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.676: métodos para análise de documentos – determinação de seus assuntos e seleção de termos de indexação. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

ROBREDO, J. Documentação de hoje e de amanhã: uma abordagem revisitada e contemporânea da Ciência da Informação e de suas aplicações biblioteconômicas, documentárias, arquivísticas e museológicas. 4.ed. rev. e ampl. Brasília, DF: Edição de autor, 2005.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

DESIGN THINKING FOR LIBRARIES

Fonte: http://designthinkingforlibraries.com/
Caros amigos do Mural Interativo do Bibliotecário,
Para começar bem a semana, conheçam o Kit de ferramentas que apresenta novas formas de trabalho que ajudarão aos profissionais bibliotecários a fortalecer a sua biblioteca através da compreensão das necessidades dos seus clientes/usuários e assim envolver a sua comunidade. Inclusive, muitas instituições têm utilizado essa abordagem centrada nas pessoas para resolver problemas.
Fonte: http://designthinkingforlibraries.com/
O kit de ferramentas é o resultado de um projeto financiado pelo Programa Bibliotecas Globais (Global Libraries) da Fundação de Bill Gates e Melinda Gates. A IDEO (Link: http://www.ideo.com/), renomada empresa de inovações e que possui clientes como a Apple, Microsoft, Nike, Pepsi-Cola, entre outras empresas liderou a criação desse kit, que foi moldado em grande parte a partir de experiências, trabalhando lado a lado com 40 bibliotecários da Chicago Public Library (Estados Unidos) e da Aarhus Public Libraries (Dinamarca) inseridos em seus contextos ao longo dos anos de 2013 e 2014.

Sem dúvida, é um excelente material e que merece tradução.
Para baixar e saber mais, acesse: http://designthinkingforlibraries.com/.