segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

OS PERIÓDICOS IMPRESSOS ESTÃO RECEBENDO O DEVIDO DESTAQUE QUE MERECEM?



por Ana Luiza Cavalcanti Farias Chaves
 
Falando de periódico, independente da sua natureza e do seu tipo de suporte, eles realmente agradam e preenchem uma lacuna deixada pelos livros, não que estes sejam dispensáveis ou menos importantes, absolutamente, cada tipo de publicação e fonte de informação tem a sua finalidade, mas, aqueles são mais dinâmicos, trazem a efervescência da matéria, é o pão que acabou de sair do forno.

E falando em forno, depois da fornada de periódicos eletrônicos, inclusive daqueles de acesso online e aberto, e do encantamento que eles causam, fica a pergunta: Os periódicos impressos estão recebendo o devido destaque que merecem, com sinalização específica, estantes apropriadas e indexação adequada?

É óbvio que praticidade, visibilidade, acessibilidade, mobilidade, operabilidade e tantas outras “idades” dos eletrônicos facilitam por demais a nossa vida (dos bibliotecários), bem como a dos usuários, mas, o periódico impresso não deixa de ter seus encantos, seja lá qual for a sua idade. Marcam presença e têm público cativo, sejam eles científicos ou não científicos, tanto em função do volume e forma, como pela química do toque do folhear, do olhar e até do cheiro.

E, como são periódicos na essência da palavra, movimentam o fluxo de entrada de publicações, estão sempre chegando, marcando presença diariamente, semanalmente, quinzenalmente, e tantas outras mentes, aliás, elas ficam bem mais brilhantes depois que fazem a leitura.



O fato é que enchem as prateleiras das estantes, se espalham, tomam espaço e haja espaço para dar conta de tantas coleções...

Os periódicos científicos, previamente analisados por pares e dentro de um padrão de qualidade, são indexados em bases de dados e se destinam a promover o progresso da ciência, pois trazem o resultado de novas pesquisas e estas ensejam novas pesquisas, criando um verdadeiro círculo virtuoso.

Os periódicos não científicos trazem matérias do dia a dia, escritas por jornalistas, cronistas renomados ou até técnicos de alguma área específica. A sua importância, vai além da atualização, pois podem despertar alguma inquietação junto ao leitor, acarretando em uma futura pesquisa.

Científicos ou não científicos, sabemos que os periódicos impressos têm o seu valor. Não vamos, então, subestimá-los, em detrimento aos eletrônicos, valorizá-los é, sobretudo, respeitar as origens, as tendências e preferências de nossos usuários, garantindo-lhes informação e conhecimento sem discriminação.

Na recuperação da informação, o importante é o resultado e não a forma e/ou suporte!

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