segunda-feira, 17 de julho de 2017

ENTENDENDO O USUÁRIO

Por Ana Luiza Chaves

No exercício diário do serviço de referência de uma biblioteca, nos deparamos com manifestações de demandas, para as quais, temos que, a qualquer custo, buscar entender o usuário, a fim de atendê-lo com êxito.
É certo que temos que ir moldando e educando esse usuário, para o uso correto dos serviços, no entanto, essa tarefa é árdua no início, principalmente quando esse usuário nunca utilizou uma biblioteca.
A teoria biblioteconômica aponta para três estilos de atendimento no contexto do serviço de referência: o conservador, o moderado e o liberal.
O estilo conservador tem como princípio que o serviço de referência deve dispor e organizar o material de referência de forma eficiente, que possibilite resultados positivos à pesquisa do usuário, orientando-o para que se torne auto-suficiente.
O estilo moderado admite que o serviço de referência propicie um pouco mais de assistência ao leitor, utilizando recursos locais e prestando informações por outros meios de comunicação.
Já o estilo liberal, considera que a biblioteca deve prestar ajuda ilimitada aos consulentes, um serviço completo, utilizando o material existente na biblioteca e até recursos externos para facilitar o trabalho.
Voltando as minhas experiências, essas situações chegam a ser inusitadas e engraçadas, mas, no final, tudo dá certo, senão vejamos algumas delas que tenho na minha lembrança, que fazem parte do meu portfólio de atendimento nas bibliotecas pelas quais já passei:
"Você tem aquele livro que o professor passou e todo mundo tá pegando emprestado?" 
"Eu quero o livro da professora do horário CD da sexta-feira."
"O professor disse para a gente pesquisar se algumas empresas têm suas marcas registradas, qual livro tem isso?" 
"Preciso estudar para a prova do professor de economia, eu quero aquele livro bem grosso de vários autores."
"Sabe aquele livro de logística que tem tudo? Eu não quero ele não, quero um mais simples."
"Aquele livro de contos dos cães que enxergam, você tem?"
"Tem um livro que é verde e outro que é vermelho, que são do mesmo autor, eu quero o verde, ele está disponível?"

Entendemos que o importante é fazer a leitura do contexto do usuário e suprir suas necessidades informacionais, independente do estilo, até porque, muitas vezes, a informação de que ele precisa é muito primária.
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GROGAN, D. A prática do serviço de referência. Brasília: Brinquet de Lemos, 1995. 
LITTON, G. A informação na biblioteca moderna. São Paulo: McGraw-Hill, 1979. cap. 2, p. 30-34.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

INFORMAÇÃO: MEDIANDO, PODEMOS GERAR CONHECIMENTO

Por Ana Luiza Chaves

Somos, diariamente, bombardeados por informações de toda sorte. É uma verdadeira avalanche! Elas são de todos os gêneros, segmentos, esferas, procedências e tamanhos, que vão se acumulando de forma desordenada, confusa, sem pretensão e objetivo.
Vimos, ouvimos ou lemos algo, mas não processamos para possibilitar o entendimento e a compreensão, nem sabemos ao certo para que nos serve aquela informação naquele momento.
Quando selecionamos aquela que nos interessa e trabalhamos suas facetas, seu contexto, quando nos apropriamos, atuando como agentes mediadores de nós mesmos, fazendo a interpretação holística, a combinação necessária e a seleção, passamos a gerar conhecimento.
Por isso, as características de cumulatividade para a informação e de seletividade para o conhecimento, tão bem ressaltadas por Cortella em seus escritos e palestras.
Informação é cumulativa, conhecimento é seletivo (CORTELLA, 2016).
É desse conhecimento que nos alimentamos para conduzir nossas vidas pessoal e profissional. Uma vez gerado conhecimento, seu conteúdo é introspectado e passa a fazer parte da nossa vida de forma mais permanente, nos acompanhando sempre, sendo usado quando precisamos dele, nos momentos oportunos. Dessa forma, abastecidos de conhecimentos, estamos sempre seguindo em frente.
A assertiva é muito forte e, apesar de complexa, é decisiva, mas, com toda permissão, acrescentaria algo antes e depois, são três segmentos, a fim de completar o percurso que aprendemos nos bancos acadêmicos da Biblioteconomia.
Iniciaria pelo dado, que pode gerar informação, esta, que pode gerar conhecimento, este, que se torna sabedoria com o tempo, que, por sua vez, constrói a cultura.
E, seguindo o modelo de Cortella, adjetivando cada substantivo, construí a sentença abaixo:
dado (aleatório) < informação (cumulativa) < conhecimento (seletivo) < sabedoria (consistente) < cultura (enraizada).
Mas, não termina por aí, tudo pode recomeçar a qualquer tempo, já que tudo é dinâmico, renovável e está sempre em transformação. É a partir de um novo dado, que combina com outro e mais outro, que gera informação, que se associa a outra e é interpretada/mediada, se transformando em conhecimento, e assim por diante, que novas sentenças são escritas e executadas, desenvolvendo-se, assim, o pensamento humano.
O segredo é sermos mediadores da informação para nós mesmos e para os outros, principalmente, quando atuamos como bibliotecários, não deixando passar aquela informação de interesse, fazendo a seleção, gerando ou fazendo com que gerem conhecimento.
CORTELLA; DIMENSTEIN. Trecho do programa Sempre um Papo, com Mário Sérgio Cortella e Gilberto Dimenstein. Informação vs conhecimento. Publicado Julian Neto em 7 de mai de 2016 (Youtube).
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segunda-feira, 26 de junho de 2017

NEM SÓ DE TÍTULOS VIVE O BIBLIOTECÁRIO

Por Fabíola Bezerra

Se me perguntarem qual a maior dificuldade para o bibliotecário empreender eu respondo: o medo!
O medo gera dúvidas, incertezas, procrastinação e destrói sonhos. A falta de clareza gerada pelo medo cria barreiras que dificulta o crescimento dos bibliotecários como profissionais liberais, autônomos e dono de seu próprio negócio.
Observo um direcionamento exagerado e exclusivo do tempo do bibliotecário para a aquisição de títulos e para a produção científica. Falo isso com muita tranquilidade porque eu mesma trilhei esse caminho no tempo em que trabalhei no serviço público federal.
Quem está dentro de uma instituição federal se qualifica e tem como “prêmio” o crescimento percentual no seu salário. Quem ainda não entrou, busca a qualificação para aumentar a possibilidade de ingresso por meio da prova de títulos nos concursos públicos federais.
Depois, em sua maioria, sofrem de “doutorice”, conforme foi comentado com muita propriedade pelo Prof. Dr. Oswaldo F. Almeida Júnior, em sua página no Facebook.
Não é segredo para ninguém que cada vez mais, menos existe a possibilidade de concursos públicos federais, e que a garantia de estabilidade no serviço público está com dias contados.
Por outro lado, na contramão desta “verdade” e deste “cenário”, existe a economia digital que em nada segue os padrões adotados e institucionalizados da economia convencional.
O modelo do empreendedor dentro desta nova economia digital não depende e não está relacionado com o número de títulos adquiridos e com o crescimento exponencial do Currículo Lattes. Aliais, os headhunter buscam no Linkedin e não no Lattes para encontrar profissionais qualificados e fora da curva.
A moeda que alavanca os negócios digitais está pautada na geração de valor, a partir da produção e do compartilhamento de conteúdos que apresentam uma solução para uma “dor”, entende-se por “dor” um problema, uma dúvida, uma incerteza de alguém.
É imprescindível que os bibliotecários criem um novo conceito de usuários/utilizadores. A necessidade informacional deve ser entendida como uma “dor” que precisa de solução. O usuário/utilizador deve ser vislumbrado como avatar. O ciberespaço deve ser potencializado como espaço laboral. A mudança e a compreensão destes novos conceitos, inevitavelmente reduzirão o medo e a procrastinação.
Identifico ainda outro medo que ronda a cabeça dos bibliotecários: o medo da exposição!
Se fizermos uma busca simples no Google para a solução de um problema doméstico qualquer, em uma fração de segundos o motor de busca apresenta uma centena de milhares de soluções para o problema pesquisado. O You Tube virou “sala de aula” de “docentes” que tem sempre alguma coisa para ensinar ou compartilhar.
Como bibliotecária sei com propriedade o leque de conhecimentos e habilidades que possuímos a partir da nossa formação acadêmica. Por que então repassar esse conhecimento somente dentro de uma unidade de informação?
Este é um questionamento que vale a pena pensar e debater. Vamos conversar sobre isso? 
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segunda-feira, 19 de junho de 2017

FAZEMOS PESQUISA TODO DIA

Por Ana Luiza Chaves 

Quem já não se deparou com a tarefa de elaborar o projeto de pesquisa acadêmica e depois desenvolver a monografia, como requisito para obtenção de título?
Com certeza todos que estão na vida acadêmica e sempre é um caminho longo a se percorrer, às vezes, por demais exaustivo. Para desmistificar a pesquisa, para mostrar que todos nós somos capazes, pois enfrentamos em nosso contexto situação similar, trago aqui para discussão, o fato de que fazemos pesquisa todos os dias. É óbvio que não se trata da tal pesquisa acadêmica, no entanto, o percurso pelo qual passamos diariamente, se assemelha ao processo que desenvolvemos naquela pesquisa.
Fazendo a leitura de cada contexto, temos:
No nosso dia a dia
1. Surge uma demanda qualquer na nossa vida, que precisa ser atendida, resolvida.
2. Quando muito complicada, dividimos em partes.
3. Interpretamos a demanda e definimos o que deve ser cumprido.
4. Temos uma ideia pré-concebida do que virá pela frente.
5. Agregamos e relacionamos à demanda a nossa experiência de vida e os exemplos de outrem.
6. Analisamos a melhor forma de atender à demanda.
7. Criamos as condições adequadas.
8. Executamos o que pretendemos.
9. Depois de executado, analisamos e verificamos o que conseguimos. 
10. Tiramos conclusões a respeito. Foi bom? Deu certo? Era isso mesmo? Essas conclusões servirão para aplicarmos em outra ocasião da vida.

Na pesquisa acadêmica
1. Como pesquisador, temos uma inquietação acerca de certo tema.
2. O tema é muito amplo, resolvemos delimitá-lo e afunilá-lo.
3. Criamos os objetivos da pesquisa.
4. Apresentamos os nossos pressupostos.
5. Buscamos a fundamentação teórica para servir de base à investigação e à análise dos dados.
6. Optamos pelo melhor método, de acordo com a natureza e tipo da pesquisa.
7. Preparamos os instrumentos para coleta de dados.
8. Fazemos a pesquisa propriamente dita.
9. Analisamos e discutimos os dados colhidos.
10. Tecemos as nossas considerações finais, confrontando com os objetivos da pesquisa. E a nossa pesquisa poderá ser utilizada por outro pesquisador

Propositadamente enumerei cada etapa da primeira correspondendo a uma da segunda, para facilitar a leitura, o acompanhamento e a compreensão.
Ficou mais fácil?
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segunda-feira, 29 de maio de 2017

OS PLANOS A E B DA VIDA

Por Ana Luiza Chaves

Não é que não se tenha lutado pelo dito plano A original, aquele que estava como meta de vida, lá nos idos da carreira, é que na verdade ele não era o plano A, estava apenas disfarçado, se passando como tal, para fazer o teste da capacidade de levantar e ir em frente.
E agora, o A passa a ser o B, ou até desaparece e o B incorpora o papel do A. Foi só uma questão de leitura, no novo contexto. O A atual, que outrora já fora B, ficará com esse status até que um novo B de tão robusto tome o lugar desse A que, por sua vez, voltará a ser B novamente.
Mas, o A que é A realmente, se mantém até o fim e não admite que qualquer B tome o seu lugar, por mais insistente que seja. E neste caso prevaleceu a persistência, a questão de foco e até de missão. A pessoa não se vê executando um plano B, porque este não lhe satisfaz plenamente, entra em conflito com a essência dessa pessoa.
No entanto, o B que é realmente B, socorre e toma o lugar do A naqueles momentos em que este falta. São os imprevistos do dia a dia e, neste caso, o clique aqui B é imprescindível, é importante, nem que seja por alguns momentos, ele tem que responder às necessidades do que estava planejado enquanto A, de forma particular, como B, um B que socorre, que ampara, que restabelece a ordem.
Não importa se A ou B, o que importa de fato é ser feliz, é se completar com a profissão e depois disso tirar as outras vantagens materiais decorrentes dela, que também devem ser levadas em conta, claro.
São fases da vida, são as mudanças acontecendo, são os novos contextos surgindo com a necessidade premente de adaptação. Mas, mudar não é assim tão fácil. Encarar o novo e sair da zona de conforto mexe com tudo e o senhor tempo cuida desse tudo.
Quem já não passou por uma mudança? Mesmo que não tenha sido uma mudança expressiva está "condenado" a mudar sempre, porque o mundo está cheio de mudanças e cada vez mais tempestivas.
E assim o A vira B e o B vira A e a vida vai de A para B e vem B para A, pode ser linear e angular como o A ou cheia de curvas e contornos como o B ou ainda uma mistura dos dois. O melhor é aproveitar o bom de cada um, fazendo a leitura conforme o contexto e ser feliz.
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segunda-feira, 22 de maio de 2017

BIBLIOTECÁRIO HOME OFFICE

Por Fabíola Bezerra

O grande desafio que vejo atualmente para qualquer profissional que em meio à crise decide ser autônomo é, basicamente, a mudança de conceito.
Temos nossa mente formatada para um modelo padrão de emprego, com espaços bem definidos e horários rígidos. Estamos habituados com o horário do cafezinho e o bate papo com os colegas de trabalho, esse “conforto” é praticamente o oposto de se “aventurar” numa empreitada como autônomo/empreendedor, que requer muita determinação e foco.
No trabalho formal o expediente é em média 8 horas, com intervalo de almoço. Como empreendedor, você não tem horário fechado de trabalho, pois depende basicamente de você e seu rendimento pessoal estará diretamente atrelado à sua capacidade de concentração e dedicação.
O trabalho na modalidade home office é atrativo em vários aspectos: pela flexibilidade dos horários, pela facilidade de mobilidade, seu escritório poderá funcionar em qualquer lugar, mas, ele de fato só funciona se houver disciplina.
O conceito de home office é democrático pois possibilita igualmente trabalho para todos, o importante e indispensável ao meu ver é uma mente aberta e uma grande capacidade de produção.
Para bibliotecários, o modelo de trabalho home office não tem crise, independe de concursos públicos ou de vagas em instituições privadas. O leque de conhecimentos que adquirimos a partir da nossa expertise como bibliotecários, possibilita que atuemos para diferentes segmentos de maneira autônoma e na modalidade de home office.
Identificar um segmento para atuar, conhecer a “dor” ou incômodo desse segmento, encontrar uma solução para resolver esse incômodo, criar informações que agreguem valor, junte tudo isso com uma boa dose de criatividade, que você terá a base de um negócio sólido.
O modelo ou “fórmula” apresentado acima não é novo para os bibliotecários, fazemos isso todos os dias nos muitos atendimentos que fazemos diariamente nas unidades de informação que atuamos. O problema é que fazemos para resolver situações pontuais dos nossos usuários. Eles são atendidos, resolvem seus problemas, ficam satisfeitos e depois vão embora. O bibliotecário geralmente fica envaidecido por mais um serviço prestado e ponto final, pois, dentro desse contexto, cumpriu o seu dever.
Quando o bibliotecário quer ir além, ele cria um negócio a partir da dor/incômodo do seu usuário, ele deixa de ser usuário para virar cliente, você deixa de ser bibliotecário de balcão para ser bibliotecário empreendedor. O seu espaço de trabalho deixa de ser unidade física de informação e passa a ser em qualquer lugar a partir do seu computador e da sua capacidade de criar conteúdo de valor. Você deixa de ser o bibliotecário da empresa X ou Y e passa ser a pessoa de referência do assunto que você domina.
Use as redes sociais a seu favor, divulgue o seu conhecimento e a sua expertise de forma que possa ser visto pelas pessoas, mostre para elas suas dores e incômodos e apresente soluções. Crie sua imagem como pessoa de referência no assunto que você domina, é assim que começa um empreendimento no mundo digital.
A partir de um trabalho home office você poderá se tornar um grande bibliotecário empreendedor.
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segunda-feira, 1 de maio de 2017

BIBLIOTECÁRIO, HÁ VAGAS!

Por Ana Luiza Chaves

Há vagas, muitas vagas!
Não estamos, necessariamente, nos referindo àquelas vagas de um emprego formal, na esfera pública e/ou privada, apesar de também existir muitas delas, mas àquela que nasce naturalmente, porque você se identificou com algo prazeroso, que gosta de fazer e que tem expertise para tanto.
Bibliotecário, você busca a vaga!
Pensando e mergulhando na amplidão de nossa profissão, um leque se abre, afinal lidamos com informação e quem não precisa dela? Podemos entregar pacotes e pacotes dela, tornando-a acessível nas mais diferentes esferas e tipos de mercado, principalmente, atualmente, no mundo digital, essa oportunidade é cada vez mais exponencial.
Bibliotecário, você cria a vaga!
Neste Dia do Trabalho queremos chamar a atenção para aquele trabalho prazeroso, aquele que você executa sem sentir o tempo passar. Nesse contexto você mistura trabalho, estudo e lazer, conforme pensamento de Domenico De Masi, que acreditamos e reforçamos. O trabalho como fardo é muito trabalhoso, cansativo, rendoso, fuja dele! Trabalhar não precisa ser tudo isso para você dizer que tem um trabalho.
Bibliotecário, já pensou em empreender?
Sim! Na nossa área é possível, sim! Temos a faca e o queijo na mão, afinal, lidamos com informação e quem não precisa dela? Repetimos para fixar essa ideia e quem sabe, plantar uma semente, abrir horizontes, fazer enxergar além das paredes, sair do lugar!
Depois de ler esse texto, talvez você possa refletir a respeito e concluir que há vagas, muitas vagas! O mercado pede algo diferente, com valor agregado, precisamos ter sensibilidade para captar essas necessidades e chegar à frente.
Desejamos que neste Dia do Trabalho você faça essa reflexão, se você está bem no seu trabalho, que bom, que benção! Mas, se você não está satisfeito e quer mudar essa situação, é oportuno refletir sobre o que falta no dia a dia das pessoas, sobre o que vai facilitar a vida das pessoas, para descobrir como o bibliotecário pode suprir essa falta e preencher essa lacuna, daí podemos dizer:
Bibliotecário, a vaga é sua!
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segunda-feira, 10 de abril de 2017

MURAL É 4X4!

Por Ana Luiza Chaves

Nesses 4 anos de Mural... 
Já fizemos de tudo um pouco durante o ano inteiro,
Corremos em estrada reta, pavimentada, numa boa,
Mas, também, enfrentamos grande atoleiro e nevoeiro, 
Com esforço, conseguimos chegar ao destino ligeiro!

Nesses 4 anos de Mural... 
Andamos debaixo de chuva forte e sol penoso, 
Seguramos firme a direção, apesar da garoa,
Trafegamos em terreno arenoso, pedregoso e pantanoso, 
Mas, nos mantivemos sempre na proa!

Superamos tudo isso, pois temos você como seguidor plural,
E porque somos 4 x 4, afinal!

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segunda-feira, 27 de março de 2017

BIBLIOTECÁRIO, DEIXE NASCER UM EMPREENDEDOR DENTRO DE VOCÊ

Por Fabíola Bezerra

Ao meu ver, o primeiro trabalho de um empreendedor é uma transformação pessoal, trabalhar o seu #mindset, desligar velhos conectores celebrais que são na verdade limitadores de crescimento, em outras palavras, aprender a pilotar o seu cérebro, trocar velhas crenças limitantes por pensamentos positivos, uma vez que: “pensamentos mudam sentimentos, sentimentos mudam ações, ações geram resultados” conforme explica Conrado Adolpho de forma tão assertiva.
Quando criança, por proteção, nossos pais nos cercam de restrições de segurança, recebemos uma infinidade de informações que vamos internalizando como verdades, vamos crescendo com estas informações enraizadas em nossa mente e esquecemos de desconecta-las do nosso cérebro. Muitas das restrições mentais levam à procrastinação.
As nossas experiências, valores e crenças, influenciam a maneira como vemos o mundo. Nesse sentido, é importante desconstruir os softwares implantados em nossa mente desde criança e redefini-los, para identificar aonde poderemos chegar e o que queremos ser amanhã.
Depois que adentrei ao mundo digital quebrei algumas crenças limitantes, a maior delas é: “só faz dinheiro quem tem dinheiro”. Dentro do mercado digital, faz dinheiro quem tem conteúdo de qualidade.
Nesse sentido é fácil fazer a seguinte associação:
Para construir conteúdos de qualidade é preciso ter informação e conhecimento, ao meu ver, um dos profissionais que mais lida com informações de qualidade são os bibliotecários, logo, a expertise no manuseio e na localização de tais informações favorecem naturalmente os bibliotecários para que possam atuar como empreendedores digitais.
O berço do mercado digital são as redes sociais, isso posto, o que falta aos bibliotecários efetivamente é usar as redes sociais para criar relacionamentos. Parece paradoxal pensar que dentro das nossas unidades de informação somos expert na arte de satisfação de usuários, mas muitos têm imensa dificuldade de aplicar estas habilidades em um espaço digital e interativo como as redes sociais.
Na atual realidade política que estamos vivendo no Brasil, são muitos os fatores que naturalmente já justificariam que os profissionais de um modo geral olhassem como atenção para as redes sociais. Cada vez mais teremos menos empregos formais, cada vez mais teremos menos empregos públicos, cada vez mais existe a possibilidade concreta de que muitos bibliotecários fiquem sem empregos. Nesse sentido é importante se apropriar de um sentimento de autonomia e buscar soluções profissionais que independam de decisão de terceiros.
Infelizmente, a educação adquirida nos bancos da universidade são direcionadas basicamente para o emprego formal, os cursos de Biblioteconomia em sua maioria não fogem à regra.
Em meados da década de oitenta, quando terminei a universidade, o mercado de trabalho era totalmente diferente da realidade atual, é ingenuidade pensar que os novos bacharéis de Biblioteconomia encontrarão um mercado recheado de vagas. Mas, acredito fortemente que o mercado digital, a partir do uso das #redessociais, é um mercado promissor!
Com a mesma segurança, tenho a convicção que não será “brincando” dentro do Facebook, Instagran, Twitter e tantas outras redes de relacionamentos que os bibliotecários conseguirão criar oportunidades de trabalho. O caminho do sucesso a partir da Internet, consiste em sair um pouco da Biblioteconomia e se apropriar de outros conhecimentos, tais como marketing digital, redes sociais, Facebook marketing, empreendedorismo digital e assuntos correlatos, para depois voltar para a Biblioteconomia e criar um trabalho a partir da sua expertise enquanto bibliotecário.
Se liberte da ideia de ter apenas um emprego formal e se aproprie do sonho de ser #empreendedor, deixe nascer um empreendedor dentro de você. 
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terça-feira, 21 de março de 2017

21 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA POESIA

POESIA, SUA TRAVESSIA...
Por Ana Luiza Chaves

Habito no coração das pessoas,
sou freguês, tenho freguesia!
Porque produzo sonhos e ilusões,
vou por aí fazendo cortesia...
Sem avisar, afloro naturalmente,
nasce poesia.
E muitos vão se valendo de mim,
leitura, contexto ou fantasia.
Gente que a toda hora, noite e dia
abusa de poesia,
qualquer um, rico, pobre
ou burguesia.
Insiste, persiste e não desiste,
pura teimosia!
Por isso, não padeço de insonia,
nem de paralisia.
Parada, sou movimento, sou maresia.
Respingo em toda parte,
e ando por aí, fazendo travessia...
Travessia com o gosto de vida e natureza,
tudo em demasia.
Som do mar, toque do céu, gosto do sol, cheiro das cores, sinestesia!

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Fonte: Publicado originalmente no Blog "Leitura e contexto"