segunda-feira, 27 de março de 2017

BIBLIOTECÁRIO, DEIXE NASCER UM EMPREENDEDOR DENTRO DE VOCÊ

Por Fabíola Bezerra

Ao meu ver, o primeiro trabalho de um empreendedor é uma transformação pessoal, trabalhar o seu #mindset, desligar velhos conectores celebrais que são na verdade limitadores de crescimento, em outras palavras, aprender a pilotar o seu cérebro, trocar velhas crenças limitantes por pensamentos positivos, uma vez que: “pensamentos mudam sentimentos, sentimentos mudam ações, ações geram resultados” conforme explica Conrado Adolpho de forma tão assertiva.
Quando criança, por proteção, nossos pais nos cercam de restrições de segurança, recebemos uma infinidade de informações que vamos internalizando como verdades, vamos crescendo com estas informações enraizadas em nossa mente e esquecemos de desconecta-las do nosso cérebro. Muitas das restrições mentais levam à procrastinação.
As nossas experiências, valores e crenças, influenciam a maneira como vemos o mundo. Nesse sentido, é importante desconstruir os softwares implantados em nossa mente desde criança e redefini-los, para identificar aonde poderemos chegar e o que queremos ser amanhã.
Depois que adentrei ao mundo digital quebrei algumas crenças limitantes, a maior delas é: “só faz dinheiro quem tem dinheiro”. Dentro do mercado digital, faz dinheiro quem tem conteúdo de qualidade.
Nesse sentido é fácil fazer a seguinte associação:
Para construir conteúdos de qualidade é preciso ter informação e conhecimento, ao meu ver, um dos profissionais que mais lida com informações de qualidade são os bibliotecários, logo, a expertise no manuseio e na localização de tais informações favorecem naturalmente os bibliotecários para que possam atuar como empreendedores digitais.
O berço do mercado digital são as redes sociais, isso posto, o que falta aos bibliotecários efetivamente é usar as redes sociais para criar relacionamentos. Parece paradoxal pensar que dentro das nossas unidades de informação somos expert na arte de satisfação de usuários, mas muitos têm imensa dificuldade de aplicar estas habilidades em um espaço digital e interativo como as redes sociais.
Na atual realidade política que estamos vivendo no Brasil, são muitos os fatores que naturalmente já justificariam que os profissionais de um modo geral olhassem como atenção para as redes sociais. Cada vez mais teremos menos empregos formais, cada vez mais teremos menos empregos públicos, cada vez mais existe a possibilidade concreta de que muitos bibliotecários fiquem sem empregos. Nesse sentido é importante se apropriar de um sentimento de autonomia e buscar soluções profissionais que independam de decisão de terceiros.
Infelizmente, a educação adquirida nos bancos da universidade são direcionadas basicamente para o emprego formal, os cursos de Biblioteconomia em sua maioria não fogem à regra.
Em meados da década de oitenta, quando terminei a universidade, o mercado de trabalho era totalmente diferente da realidade atual, é ingenuidade pensar que os novos bacharéis de Biblioteconomia encontrarão um mercado recheado de vagas. Mas, acredito fortemente que o mercado digital, a partir do uso das #redessociais, é um mercado promissor!
Com a mesma segurança, tenho a convicção que não será “brincando” dentro do Facebook, Instagran, Twitter e tantas outras redes de relacionamentos que os bibliotecários conseguirão criar oportunidades de trabalho. O caminho do sucesso a partir da Internet, consiste em sair um pouco da Biblioteconomia e se apropriar de outros conhecimentos, tais como marketing digital, redes sociais, Facebook marketing, empreendedorismo digital e assuntos correlatos, para depois voltar para a Biblioteconomia e criar um trabalho a partir da sua expertise enquanto bibliotecário.
Se liberte da ideia de ter apenas um emprego formal e se aproprie do sonho de ser #empreendedor, deixe nascer um empreendedor dentro de você. 
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