segunda-feira, 23 de outubro de 2017

BIBLIOCAMP FORTALEZA: UM DIA DE PARTILHAS DA PRÁXIS BIBLIOTECÁRIA

Por Fabíola Bezerra

Vivemos em uma sociedade de troca, dentro desse contexto, os compartilhamentos de informações entre profissionais são considerados imperativos nos tempos atuais.
Congressos, palestras, workshops, todo tipo de evento, de um modo geral, prioriza o aprendizado, sendo um bom espaço para colocar isso em prática.
Fortaleza sediou o #CBBD2017 no período de 17 a 20 de outubro e, para fechar a semana, no sábado realizamos o Bibliocamp Fortaleza.
O “Bibliocamp” é um novo conceito de evento, longe do modelo estandardizado, que objetiva ser um espaço para debater trabalhos e ideias de forma seriamente descontraída, de modo a criar e estreitar laços de amizade. O evento “surge a partir da licença livre do BarCamp, uma rede internacional de conferências, onde a organização e o conteúdo são oferecidos pelos próprios participantes”.
O modelo do Bibliocamp foi criado por um grupo de bibliotecários, organizado por Moreno Barros. A primeira edição do evento aconteceu em 2011, no Rio de Janeiro. Desde então, já houve edições em São Paulo, Brasília, Florianópolis, novamente no Rio de Janeiro, Curitiba, Recife e São Carlos.
Observam-se algumas das características de inovação do Bibliocamp em relação a um evento tradicional nos seguintes aspectos:

“Não tem inscritos, tem convidados. 
Não tem gente mala, só tem gente bacana. 
Não tem palestrante renomado, tem bibliotecários e bibliotecárias e gente que pode contribuir com a Biblio. 
Não tem palestras intermináveis, são apenas 15 minutos para contar sua história e bater papo lá fora. Não tem apresentação de trabalhos, tem apresentação de vidas. 
Não tem cara-crachá, tem sorriso no rosto. 
Não tem certificado, tem apenas boas lembranças”.

Quando estive presente o ano passado no Bibliocamp Recife, organizado pelo bibliotecário Gustavo Henn, aceitei o desafio de trazer o evento para Fortaleza.
Foi dentro desse contexto que no dia 21 de outubro, realizamos o Bibliocamp Fortaleza 2017. A finalidade foi proporcionar um campo fértil para debates e exposição de experiências entre bibliotecários, pesquisadores, estudantes e profissionais.
Ouvimos relatos de vida e superação. Uma Biblioteconomia Social e Inclusiva nos foi apresentada no seu sentido mais prático e literal. Conhecemos a possibilidade de atuação do bibliotecário dentro do mercado digital. Apreciamos a aplicação da profissão e do profissional na sua forma mais empreendedora. Nos encantamos com a contação de histórias e suas diferentes formas de atuação. Entendemos o uso de blogs como uma forma de expressão do bibliotecário. Vislumbramos a atuação do bibliotecário no universo dos periódicos científicos. Apreciamos um projeto global de “ressignificação da área e da nossa atuação profissional, além de um esforço para advocacy de nossa imagem”. Finalizamos com a atuação do bibliotecário e as interfaces entre cultura, memória e história.
Choramos, rimos, batemos palmas, tomamos cafezinho, chá e biscoito, interagimos uns com os outros na hora do almoço, visitamos o Museu da Indústria. Fechamos o dia e o evento com um lindo e relaxante passeio de veleiro pela orla de Fortaleza e só voltamos no pôr do sol.
Foi um dia intenso, já deixou saudades!
Saímos do evento com o coração e a mente aquecidos de inspiração e encantamento.
Agora queremos saber: onde será o próximo Bibliocamp?
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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

OS BIBLIOTECÁRIOS INVADIRAM FORTALEZA

Por Fabíola Bezerra

Entre os dias 17 a 20 de outubro Fortaleza irá sediar o XXVII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, #CBBD2017.
Mais de 1300 pessoas estarão reunidas para debater sobre “Bibliotecas e a agenda 2030”. Serão dias intensos, com muita imersão de conteúdo, relacionamentos e network.
A cada meio metro do Centro de Eventos de Fortaleza, certamente estará um bibliotecário sedento por conhecimento. A cada espaço cultural e festivo de Fortaleza, certamente estará um bibliotecário animado com a beleza da nossa regionalidade, com o carinho hospitaleiro ou, com o bom humor dos cearenses. Nossa culinária é de encher a boca e nossas praias com um sol forte e intenso.
Algumas de nossas bibliotecas locais também serão palco de muitas visitas e de muito encantamento, afinal, nossos usuários merecem o melhor e os bibliotecários visitantes, irão sair animados e cheios de inspiração.
Façam muitos registros fotográficos, partilhem com o mundo a beleza da nossa Fortaleza, gostando, voltem!
Como toda cidade do Brasil, Fortaleza requer cuidado e atenção, tomando os devidos cuidados, sairão daqui levando somente experiências positivas.
Terão também a oportunidade de conhecer pessoalmente a equipe do Mural Interativo do Bibliotecário afinal, estamos desde 2013 interagindo com vocês, será um prazer conhecê-los pessoalmente! Vocês poderão também aproveitar a visita e adquirir uma T-shirts MURAL sem frete e com entrega imediata.
Convidamos aos bibliotecários que estarão presentes no #CBBD2017 para se fazerem presentes e participarem no dia 19/10, quinta-feira, de 18h às 19h, no Centro de Eventos, Mezanino 1 - Sala 8. Recebemos o convite da FEBAB, e estaremos juntamente com as bibliotecárias Daniela Spudeit e Maralyza Pinheiro “Conversando Sobre "Por que empreender e inovar na Biblioteconomia?"”.
Sejam bem-vindos bibliotecários do Brasil, quiçá fora dele.
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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

DESRESPEITANDO A LEI DE LAVOISER

Por Ana Luiza Chaves
Todos nós conhecemos ou já estudamos a Lei de Conservação das Massas, de Lavoiser, que se refere à conservação da matéria durante uma transformação física ou química, cujo enunciado popular é: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
Pai da Química Moderna, tendo separado a Química da Alquimia, dentre outras descobertas e inventos brilhantes, Lavoiser, no auge da Revolução Francesa foi guilhotinado.
Sem querer ser guilhotinada como fora Lavoiser, atrevo-me a desrespeitar essa Lei aplicando-a à Biblioteconomia, para que se torne mais dinâmica, explorada e articulada.
Nesse novo contexto, eu diria que a leitura dessa lei é a seguinte:
Na Biblioteconomia tudo se cria, nada se perde, tudo se transforma!
Do "nada se cria", partiremos para o "tudo se cria", é uma forma de despertar para o empreendedorismo, a partir da inovação. Sabemos que a inovação pode ocorrer referente a produto, processo, método de marketing e/ou método organizacional, portanto, tem muita oportunidade esperando para ser agarrada.
Todo cuidado é pouco, porque se ficar parado, vem alguém e dá sentido àquilo que você só pensava e especulava, não realizava. O campo é vasto, são muitos os contextos que podemos atuar, é saber fazer a leitura do mundo e partir para o abraço.
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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

VOCÊ JÁ FEZ SUA ANÁLISE SWOT?

Por Ana Luiza Chaves

A análise SWOT é uma forma simples e sistemática de verificar a posição estratégica do negócio e de fazer análise de cenários. É uma ferramenta de gestão, muito utilizada como parte do plano de marketing, do plano de negócios, do planejamento estratégico. O termo SWOT vem do inglês é um acrônimo das palavras Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
A ideia central da análise SWOT é avaliar as forças e as fraquezas, que são fatores internos e, as oportunidades e as ameaças da empresa e do mercado, onde ela está atuando, que são os fatores externos.
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e podem ser controladas pelos seus dirigentes, uma vez que fazem parte de uma estratégia que foi previamente adotada, devendo ser ressaltada ao máximo ou minimizado seu efeito, conforme o caso. Já as oportunidades e ameaças, são antecipações do futuro, estão fora do controle da empresa, mas, uma vez conhecidas, podem ser controladas e monitoradas de forma a aproveitá-las ou evitá-las, de acordo com a situação. O importante é fazer a leitura correta.
Geralmente é representada sob a forma de uma matriz no plano cartesiano, onde, no primeiro quadrante, se registra o fator oportunidades, no segundo quadrante, o fator forças, no terceiro quadrante, o fator fraquezas e no quarto quadrante, o fator ameaças. Essas informações categorizadas são depois trabalhadas, sempre sob a ótica do consumidor, podendo haver combinações entre elas (força com oportunidade), para potencializar ainda mais o negócio ou convergências (ameaça em oportunidade e/ou fraqueza em força), para mudança de cenário e de posicionamento. Portanto, a ideia não é só organizar informações, mas, sobretudo, descobrir vantagens estratégicas, a partir do somatório dos elementos, para aplicar no planejamento de marketing da empresa e tirar conclusões a respeito.
A técnica é atribuída aos professores da Harvard Business School Kenneth Andrews e Roland Chriskensen, mas há autores que creditam ao estrategista Sun Tzu (500 a.C.), "Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.”
Há diversos exemplos na história de crises que incentivaram crescimento, de ameaças que foram eliminadas, pois se transformaram em oportunidades e de descobertas e inovações por força das circunstâncias. Há também exemplos recentes, inclusive, de pessoas que cresceram na crise, que ficaram mais fortes, que, depois de uma derrota, se ergueram e descobriram nichos profissionais.
Depois dessa reflexão podemos chegar à conclusão que essa tal análise SWOT pode ser aplicada em nossas vidas, afinal as organizações são feitas de pessoas e estas apresentam as mesmas necessidades daquelas, claro, dentro dos limites contingenciais de cada uma. Existem objetivos que traçamos para serem atingidos, estamos aqui na terra para cumprir alguma missão e temos a intenção de sermos reconhecidos pela sociedade de alguma forma, tudo isso seguindo nossos valores e princípios, estamos buscando sempre o melhor.
O importante de tudo isso é que podemos usufruir dessa técnica aplicando-a em nossa vida, no nosso dia a dia, na nossa casa. Devemos tirar proveito dos nossos pontos fortes, para que eles possam neutralizar ou minimizar os pontos fracos, ter o equilíbrio deste resultado, para buscar as oportunidades e saber
enfrentar as ameaças.

Essa é a receita para se enfrentar o mundo competitivo,o mundo de rápidas transformações, o mundo globalizado e antenado 24 horas, em que devemos nos adaptar a tudo, sob pena de ficar à margem dos acontecimentos. Uma ameaça conhecida antecipadamente pode ser amenizada ou até neutralizada, podendo tornar-se ainda em uma oportunidade.
Quem não precisa administrar sua casa, sua vida? A análise SWOT nos ajuda a tomar decisões e fazer escolhas, traçando o nosso caminho, explorando as forças e oportunidades, caminho este que pode ser reconstruído a cada nova ameaça, desde que elas tenham sido potencializadas.
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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

PRÁTICA DA BIBLIOTECONOMIA X BIBLIOTECONOMIA NA PRÁTICA: A DUALIDADE NECESSÁRIA

Por Ana Luiza Chaves

Como praticar a Biblioteconomia? É óbvio que temos que aplicar a teoria aprendida na academia, mas, também é claro que precisamos agregar o contexto vivido e apreendido das experiências decorrentes dos caminhos das pedras, que foram sendo descobertos e desbravados ao longo da vida profissional.
Daí, já estamos falando da Biblioteconomia na prática, aquela que se distancia um pouco da academia, não pelo confronto de conhecimentos e juízos da ciência, mas pela adaptação e validação destes, por já terem sidos contextualizados e testados. São as aplicações da ciência.
Uma coisa é o estudo de usuários que aprendemos, outra coisa é a faceta de cada um no dia a dia e a preocupação com os usuários em potencial. Quando estudamos o dimensionamento dos espaços e a necessidade do desenvolvimento das coleções para melhor atender aos serviços de uma unidade de informação, temos que lidar com a limitação de áreas e a precariedade de recursos para repensar esses serviços e oferecer, dentro do possível, o melhor. Da mesma forma, quanto ao acesso eletrônico, se há infinitas possibilidades em bases comerciais, precisamos buscar mais e mais conteúdos abertos para permitir o desejável acesso sem posse.
São inúmeros os exemplos que enfrentamos na rotina biblioteconômica, por isso, a conclusão de que uma ação não vive sem a outra: Prática da Biblioteconomia x Biblioteconomia na prática, pois, ao sermos muito ortodoxos na ciência, corremos o risco de nos distanciarmos da realidade e, por outro lado, se nos apegarmos apenas à prática, o erro pode ser fatal.
Vamos equilibrar!
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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

NÃO DEIXEM QUE DERRUBEM AS SUAS TORRES GÊMEAS!

Por Ana Luiza Chaves

11 de setembro, a data não é nada convidativa, pelo contrário, é funesta, é angustiante, é deprimente para qualquer pessoa que se importa com o outro, mesmo que não conheça e que esteja a quilômetros de distância, em outro país.
Passados 16 anos, muita coisa mudou. Mudou a paisagem do local, mudou a segurança nacional, mudaram os inimigos, mudaram as atitudes geopolíticas dos países, e as pessoas seguiram em frente... De qualquer forma, ficou o trauma enraizado em relação à data, que já faz parte da história mundial.
Vamos tomar essa data, pela simbologia física que representa, ou seja, a queda de dois elementos próximos e independentes, mas, que se integravam e que faziam parte do mesmo complexo de negócios de representação mundial.
A analogia que estamos fazendo vale para a criatividade, que aqui será a Torre Norte, ou WTC 1 e a inovação, representando a Torre Sul, ou WTC 2, rumo ao empreendedorismo, identificado como o complexo do World Trade Center (WTC).
Já dissertamos antes sobre esses três elementos, criar, inovar e empreender, por isso a nossa temática de hoje fica restrita a um alerta: não nos deixemos levar pela procrastinação, pelo medo, pelo desânimo, pela mesmice, pela torcida negativa das pessoas, que não nos querem ver bem, progredindo... “Xô azarão”!
Por vezes somos atingidos por suicidas que já se perderam no caminho e, não satisfeitos, querem levar mais alguém com eles.
Opa! Surgiu uma ideia? Afinal elas chegam a qualquer tempo, dirigindo, no chuveiro, antes de dormir... Vamos tentar trazê-la para o papel, planejar, torná-la viável, saindo do abstrato e tentando passá-la para o plano concreto, aparando as arestas, se for preciso. O importante é seguir em frente, não deixando que destruam as torres gêmeas da criatividade e da inovação, pois, sem elas, fica difícil empreender em qualquer segmento e condição, seja em relação ao empreendedorismo em ambiente físico ou digital ou ainda na dinâmica do intra-empreendedorismo.
Para empreender tem que estar de pé. NÃO DEIXEM QUE DERRUBEM AS SUAS TORRES GÊMEAS!
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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

PARA EMPREENDER, BASTA CAIR NA REDE

Por Ana Luíza Chaves e Fabíola Bezerra

Seja no sentido literal, seja no sentido abstrato, na sua composição, a rede entrelaça fios!
Fios que movem a comunicação, fios que fazem ligação, fios que apanham, que protegem, que seguram, que esticam, que suspendem...
As conexões ligadas por meio dos fios, vão entrelaçando-se umas com as outras por meio de nós ou ponto de cruzamento, assim também acontece no mundo digital, um entrelaçado gigante de pontos, que juntam pessoas, países, propósitos, sonhos e viram um gigantesco mundo de possibilidades.
As facilidades são inúmeras, as oportunidades incontáveis, as possibilidades exponenciais, as conexões globais. Estamos falando do empreendedorismo digital. Mas, para alcançar e conquistar tudo isso, tem que cair na rede e, uma vez dentro dela, tem que criar redes de relacionamento multidisciplinares, ou seja, redes na rede. A rede é o caminho para abrir novos caminhos, gerando uma aldeia de empreendedorismo.
Os exemplos estão às vistas de qualquer um, as conquistas vão acontecendo, os casos de sucesso vão se evidenciando, é a rede funcionando, servindo de palco, de instrumento, de pano de fundo, de microfone, de mercado, de porta-voz, de loja... São muitas as funcionalidades que podemos usar como ferramentas, além daquelas que podemos ainda criar, gerando inovação na rede, para depois assistirmos, constatando que fizemos história.
As redes sociais criam um palco de oportunidade para empreendedores anônimos, mudando velhos conceitos, criando novos atores. O “artista” do passado, ocupava palcos privados, precisava uma vinculação qualquer para poder ser visto e admirado, o da atualidade são autônomos, arrojados, independentes e livres.
Com um celular na mão, uma ideia na cabeça e uma conexão da internet, pessoas comuns viram referência de uma legião de fãs. Youtuber, blogueiros viram influenciadores digitais e criam um modelo de negócio na cifra de muitos milhões. Pessoas comuns falando para pessoas comuns, reconectando pessoas de todo lado e em toda direção, encurtando distâncias, democratizando e ressignificando o mundo dos negócios. O empreendedorismo de hoje, é fruto desse cenário de mudanças e de transformação
Uma rede entrelaçada, de fio resistente, multinacional, de balanço positivo duradouro, para empreender, é só cair nela, sabendo que uma coisa leva a outra!
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

BASTA DE CLICHÊ! A ORDEM É MUDAR!

Por Ana Luiza Chaves

Sabemos que o clichê, denominado pelos estudiosos da língua como “lugar-comum”, é palavra, expressão, frase ou ideia que, de tão usada, se tornou banal e previsível, perdeu a originalidade.
Apesar de antiquado e redundante, esse elemento surge no cotidiano de forma quase imperceptível, frases feitas que caem como uma luva, Ops! Aí está um clichê!
Na escrita, é por muitas vezes utilizado porque facilita a compreensão do leitor, uma vez que ele já está familiarizado, em função das repetições ao longo do tempo, nos diversos meios de comunicação: "A união faz a força", “Só colhemos o que plantamos”; "A toque de caixa”; “No apagar das luzes”; “Tomar um banho de loja”, “Vestir a camisa” e por aí vai... Em casa, no trabalho, em reuniões sociais, todos nós já usamos em algum momento do nosso dia a dia.
Da mesma forma, estamos cansados de ler livros ou assistir filmes para os quais já sabemos o enredo e o final por conta do formato engessado e sem criatividade: o mordomo é sempre o culpado; o problema da trama será resolvido no último momento; o mocinho é sempre o galã, a luz apaga na hora H, etc.
E na profissão? Será que não estamos sendo um tanto clichê? Fazer sempre a coisa do mesmo jeito, sem criatividade, sem buscar o novo, repetindo tal qual já foi executada há tempos. Só porque alguém já fez e deu certo, não é obrigatório repetir a fórmula, temos que nos diferenciar, quebrar paradigmas, ir além das paredes que nos cercam, Ops! Olha ele aqui de novo!
Pois bem, já falamos aqui sobre empreendedorismo, criatividade, inovação, e também já postamos exemplos de muitos projetos surpreendentes e desafiantes dentro da Biblioteconomia.
Trazer atividades diferentes para a biblioteca, atuar nas mídias sociais, propor novas parcerias com os professores, engajar o pessoal de TI no seu projeto, interagir de forma mais sistemática com outras disciplinas e profissionais, enfim, executar a sua ideia antes que alguém o faça, sem medo de ser feliz. E aqui já vai outro clichê...
Ser clichê é cômodo, já temos a receita e é mais fácil acertar, é prático, vimos aqui nesse texto cheio de clichês, mas, que tal sair da zona de conforto?
Ah, não! Clichê de novo? Outra vez, não!
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

BIBLIOTECÁRIO, ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE PREÇO E VALOR

Por Fabíola Bezerra

Semana passada postamos um questionamento sobre o valor do trabalho de um bibliotecário. A situação apresentada foi sobre um site que agrupa serviços para profissionais do livro, onde a ficha catalográfica é ofertada com preços “simbólicos” e variados, inclusive por profissionais que não são bibliotecários.
Retomando a esse questionamento, gostaríamos de colocar a questão sobre uma outra perspectiva. A questão agora apresentada se refere a valor e a preço.
O que faz um produto ou serviço valer mais ou menos é a informação e o reconhecimento que existe sobre ele, é importante entender que “preço é o que você paga e valor é o que você leva”.
A solicitação de fichas catalográficas é uma realidade bastante recorrente em bibliotecas universitárias, geralmente em final de semestre. A ficha nos TCC, monografias dissertações ou teses, é um elemento obrigatório e exigido pelos orientadores. Porém, nem todos percebem a sua importância, o seu valor e o que de fato ela representa. Podemos ilustrar contando um exemplo de aluno que chegou na biblioteca solicitando a confecção da “ficha cartográfica”.
A falta de orientação e conhecimento dos alunos e de muitos professores sobre a ficha catalográfica, provoca a busca do serviço pelo preço mais baixo. Por outro lado, como perceber o valor agregado em uma ficha catalográfica se eles desconhecem a sua importância? A maximização de valor da ficha não é papel do professor.
Existe neste processo alguns pontos a questionar e a esclarecer. Algumas universidades criaram ferramentas de elaboração eletrônica da ficha catalográfica, aberta ao público, a custo zero mediante o preenchimento de um formulário com os dados básicos do trabalho. Tudo instantâneo e imediato, geralmente adotam uma classificação geral. A oferta deste tipo de ferramenta aliviou a grande demanda dos bibliotecários das bibliotecas universitárias.
Nesse sentido, como e porque nos sentirmos incomodados pela cobrança da ficha catalográfica a preços irrelevantes?
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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

QUAL É O SEU "CALCANHAR DE AQUILES" NA BIBLIOTECONOMIA?

Por Ana Luiza Chaves

A expressão popular "calcanhar de Aquiles" remonta à mitologia grega. A Deusa Tétis, mãe de Aquiles, com a intenção de torná-lo indestrutível, garantindo, assim, a sua imortalidade, o banhou nas águas do Rio Estige, que tinha o poder da invulnerabilidade. Mas, ao segurá-lo pelo calcanhar para fazer a imersão, este lhe foi poupado, tornando-se a única parte vulnerável. Durante a Guerra de Troia, teria sido atingido por uma flecha no calcanhar, recebida do príncipe Páris, levando-o à morte. Aquiles é um herói lendário do mundo grego clássico.
Essa é a versão mais popular desse relato mitológico, havendo, no entanto, outras versões e contradições. Portanto, baseado nesse mito, atribui-se ao "calcanhar de Aquiles" o ponto fraco de uma pessoa, aquele que não se tem o domínio necessário, que é vulnerável.
Trazendo o mito para a realidade profissional, é de bom alvitre que façamos a seguinte indagação para reflexão: Qual é o meu "calcanhar de Aquiles" na Biblioteconomia?

• atendimento ao usuário?
• acesso às novas tecnologias?
• uso das mídias sociais?
• construção de vocabulário controlado?
• serviço de referência?
• catalogação?
• classificação?
• indexação?
• normalização?
• organização de conteúdos?
• uso de repositórios?
• trabalho com bases de dados?
• medo de empreender?
• ...


Não vamos nos deixar ser flechados nesse ponto fraco! Ponto fraco pode ser minimizado e até transformado em ponto forte, se for bem trabalhado. Quantos profissionais se tornaram expert exatamente naquilo que não dominavam antes?
O desconhecido por natureza é instigante, atraente e desperta curiosidade, temos que desmistificá-lo, conhecê-lo, estudá-lo, para depois dominá-lo.
Para começar, temos que refletir sobre o que nos incomoda. Em seguida, apostar na leitura, no crescimento profissional, nas discussões em grupo, nos encontros profissionais, na educação continuada, que se torna ainda mais fácil quando temos à disposição o canal mais democrático para buscar tudo isso.
Vamos navegar e nos banhar por completo no nosso Rio Estige da atualidade!
Vivam todas as possibilidades que temos hoje com a internet! 
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