Por Fabíola Bezerra
Semana passada postamos um questionamento sobre o valor do trabalho de um bibliotecário. A situação apresentada foi sobre um site que agrupa serviços para profissionais do livro, onde a ficha catalográfica é ofertada com preços “simbólicos” e variados, inclusive por profissionais que não são bibliotecários.
Retomando a esse questionamento, gostaríamos de colocar a questão sobre uma outra perspectiva. A questão agora apresentada se refere a valor e a preço.
O que faz um produto ou serviço valer mais ou menos é a informação e o reconhecimento que existe sobre ele, é importante entender que “preço é o que você paga e valor é o que você leva”.
A solicitação de fichas catalográficas é uma realidade bastante recorrente em bibliotecas universitárias, geralmente em final de semestre. A ficha nos TCC, monografias dissertações ou teses, é um elemento obrigatório e exigido pelos orientadores. Porém, nem todos percebem a sua importância, o seu valor e o que de fato ela representa. Podemos ilustrar contando um exemplo de aluno que chegou na biblioteca solicitando a confecção da “ficha cartográfica”.
A falta de orientação e conhecimento dos alunos e de muitos professores sobre a ficha catalográfica, provoca a busca do serviço pelo preço mais baixo. Por outro lado, como perceber o valor agregado em uma ficha catalográfica se eles desconhecem a sua importância? A maximização de valor da ficha não é papel do professor.
Existe neste processo alguns pontos a questionar e a esclarecer. Algumas universidades criaram ferramentas de elaboração eletrônica da ficha catalográfica, aberta ao público, a custo zero mediante o preenchimento de um formulário com os dados básicos do trabalho. Tudo instantâneo e imediato, geralmente adotam uma classificação geral. A oferta deste tipo de ferramenta aliviou a grande demanda dos bibliotecários das bibliotecas universitárias.
Nesse sentido, como e porque nos sentirmos incomodados pela cobrança da ficha catalográfica a preços irrelevantes?
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