segunda-feira, 22 de junho de 2015

BIBLIOTECÁRI@, PRATIQUE O OVERDELIVERY!


por Fabíola Maria Pereira Bezerra

Sexta-feira passada assisti a um vídeo de um profissional de marketing (http://goo.gl/W3VhIr) que relatava a importância do profissional em aplicar o “overdelivery” no exercício de sua profissão, e na sua vida de uma maneira geral. Segundo a definição apresentada no vídeo, o termo nada mais é do que “entregar a seu cliente algo além do que ele espera de você”.

Imediatamente pensei em nós bibliotecários e em como seria útil para nossos usuários se nos apropriássemos desse conceito e o aplicássemos à nossa prática profissional. Muitas vezes, tendenciosamente ou por falta de atenção, entregamos a informação solicitada exatamente do “tamanho” que o usuário pede, e perdemos a oportunidade de surpreendê-los com outras informações ou pequenos detalhes que possam agregar imenso valor ao que foi solicitado.

 
O exercício da nossa profissão favorece a aplicação diária do “overdelivery”, e vai ao encontro da missão do bibliotecário defendida por Ortega y Gasset, quando o mesmo enfatiza o bibliotecário como um profissional humanista em relação às competências e habilidades, além de ressaltar a importância e a necessidade de agregar valor à prática como garantia para manter-se na carreira profissional. Um dos objetivos do autor é “a valorização do profissional humanista, fundamentada na educação e na relação desses profissionais com os usuários” (REIS; CARVALHO, 2007, p. 37).


Vale a pena “puxar pela memória” e tentar lembrar em que situação aplicamos o “overdelivery” no atendimento à nossa comunidade, assim como tentar relembrar em que situação fomos mais relapsos e fizemos um “atendimento comum”. Que tal repensarmos a nossa prática e deixarmos de ser profissionais ordinários, no sentido literal da palavra, para tornarmo-nos profissionais EXTRAORDINÁRIOS? Nossos usuários certamente agradecerão!

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Fonte consultada:

REIS, Marivaldina Bulcão; CARVALHO, Kátia de. Missão do bibliotecário: a visão de José Ortega y Gasset. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, Nova Série, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 34-42, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/63>. Acesso em: 21 jun. 2015.

domingo, 21 de junho de 2015

MOVIMENTO ABRE BIBLIOTECA FORTALEZA

BIBLIOTECAS PARA QUEM? Essa foi a pergunta lançada para os fortalezenses como ponto de partida para um assunto que merece atenção de todos.

A manifestação ocorreu numa manhã de sábado (20/06) na Praça do Ferreira, Centro de Fortaleza-CE, e a equipe do Mural Interativo do Bibliotecário se fez presente no evento.
  













O estudante de Biblioteconomia da UFC Ivan Ribeiro, idealizador do movimento em Fortaleza, iniciou uma roda de conversa a favor das bibliotecas escolares. 
 












A participação maior foi de estudantes, mas contou também com a participação de bibliotecários de diversas instituições e de professores da UFC.

A manifestação começou de forma "tímida", mas pouco a pouco foi chamando a atenção dos transeuntes na Praça do Ferreira.

Na ocasião, os manifestantes distribuíram livros para os transeuntes enquanto rodeavam a praça com faixas e gritos de protesto em defesa das bibliotecas públicas e escolares.


segunda-feira, 15 de junho de 2015

BALCÃO DE BIBLIOTECA: ONDE ACONTECE UM POUCO DE TUDO


por Ana Luiza Chaves

 
Existe lugar mais movimentado e cheio de novidades do que um balcão de biblioteca? Tenho a certeza de que todo bibliotecário tem muito que contar sobre experiências vividas por trás de um balcão, junto aos seus usuários.

Além do próprio atendimento, tarefa básica e essencial de uma biblioteca, o balcão serve de apoio para muitos usuários, pois é um tipo de “pit stop” na recepção, bem como uma espécie de repouso, do tipo: “Enfim, cheguei à fonte, tenho sede, agora quero beber!”.

Para quem fica do outro lado do balcão, os bibliotecários ou os auxiliares atendentes, o balcão funciona como limítrofe, como uma espécie de barricada, de trincheira, não que os usuários ataquem os atendentes, mas, de certa forma, os protegem, impõem “regras”, ordem e limites na “casa”.

Não vamos falar aqui do que acontece normalmente durante um atendimento (alguém que tenta se explicar porque atrasou na devolução do livro, ou confessa que nem sequer chegou a abrir o livro que tomou por empréstimo, ou quem solicita a bibliografia sobre um determinado assunto), mas sim exatamente daquilo que foge da normalidade, até porque o movimento de uma biblioteca não é igual todos os dias, os usuários que a frequentam promovem essa mudança, pois cada um tem a sua história de vida, suas demandas, seu modo diferenciado de se comunicar e de se fazer entender.

Pois bem, há quem chegue e fale como o seu dia foi difícil, contando sobre um problema pessoal que está passando, ou que não conseguiu êxito na prova e está triste por isso. Outros que brigaram com o(a) namorado(a) e terminam compartilhando e externando o sentimento de angústia. Os mais entusiasmados contam as novidades e indagam sobre outras. Muitos acham que sabemos de tudo e perguntam tudo. Por fim, há os mais revoltados (ou estressados), que não concordam com isso ou aquilo e reclamam de tudo.

Enfim, balcão de biblioteca tem um pouco de muro das lamentações, confessionário, central de aconselhamento, SAC, primeira página, balcão de reclamação... Tudo isso e mais alguma coisa, e os bibliotecários seguem juntos, cumprindo o seu papel, fazendo aquele “algo mais” que no deixa bem humanos, por isso às vezes somos multifacetados, psicólogos, orientadores, outras vezes assistentes sociais, afinal, sobretudo, somos educadores.

E você? Tem alguma história de balcão de biblioteca para contar?