segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

BIBLIOTECÁRI@S, LIGUEM O FAROL!

Por Fabíola Bezerra

Neste texto, gostaria de falar de empreendedorismo para bibliotecários de uma maneira diferente.
Imagine a seguinte situação: você vai viajar por uma estrada desconhecida, não sabe dizer se têm muitos buracos, curvas, sinalização, se vez por outra surgem animais na estrada, ou seja, não sabe absolutamente nada sobre as condições de tráfego. Para piorar a situação, a viagem será à noite e a estrada não possui iluminação pública, literalmente será uma “aventura”!
Ao entrar no carro, você coloca o cinto de segurança, liga o motor e ascende os faróis. As condições de visibilidade não são boas e a capacidade de iluminação dos faróis cobrem no máximo 20 metros. Mesmo assim, você pega a estrada, porque sabe que aquele pequeno trecho será iluminado pelos faróis, mas, por outro lado, à medida que vai dirigindo, novos 20 metros serão iluminados até completar o percurso desejado.
Sabemos que muitas pessoas preferem dirigir somente durante o dia, com segurança, com a luz do sol, sem correr riscos ou surpresas no meio do caminho.
Por analogia, a “estrada” na qual se desenvolve o trajeto citado acima simboliza a universidade e o curso de Biblioteconomia. Digamos que ao sair da universidade o conhecimento adquirido nos possibilita andar com segurança 20 metros, a partir dai uma nova luz será necessária, para seguirmos em frente no mercado de trabalho.
Para percorrer os próximos 20 metros, muitos escolherão diferentes tipos de faróis, o tamanho do farol, a meu ver, depende muito da estrada na qual o profissional irá seguir.
Toda decisão é difícil, pois implica necessariamente em uma escolha. O importante nesse caso é não andar somente os primeiros 20 metros e ficar estagnado, esperando as noites de lua cheia para que a luz do céu ilumine naturalmente o caminho. Dentre as opções de “faróis” disponíveis para iluminar o caminho de um profissional, a luz do empreendedorismo, a meu ver, tem um brilho diferente, pois, possibilita concretamente iluminar em diferentes posições e sentidos. Ela pode viabilizar o inviável, vai depender da nossa atitude, da nossa decisão e do nosso posicionamento.
Quando vislumbrei a luz do empreendedorismo como uma possibilidade profissional, os meus 20 metros seguintes eu busquei fora da Biblioteconomia, conversei, li, estudei, fiz cursos, participei de discussões em grupos de empreendedores, ou, de pessoas que acreditam no empreendedorismo. Aprendi que “nós somos a média das cinco pessoas que convivemos”, dessa forma foi importante ultrapassar a estrada da Biblioteconomia, esta é a base de sustentação, é a nossa formação, que requer, nesse novo projeto, a pluridisciplinaridade, a multidisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.
Partindo dessa premissa iremos criar o projeto piloto de bibliotecários empreendedores, longe de qualquer teoria, nosso objetivo é criar um pequeno grupo, de no máximo 10 bibliotecários, e começar a conversar sobre empreendedorismo na prática, fazendo experimentos reais, utilizando uma metodologia de marketing digital já comprovada e com muitos cases de sucesso.
“O mundo não é dos que falam, o mundo é dos que fazem”, então, vamos caminhar juntos os próximos 20 metros
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