Nossa convidada do dia será a bibliotecária INGRID ABS.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
O NOVO CÓDIGO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E AS BIBLIOTECAS
por Adriano Silva
Por solicitação superior, assisti ao
curso “O Novo Regime do Código do Procedimento Administrativo” (CPA), em de
Outubro de 2015, o qual se veio a revelar de interesse para as bibliotecas, por
4 princípios, nomeadamente:
“Artigo 11º Princípio da colaboração
com os particulares:
1 – Os órgãos da Administração Pública
devem atuar em estreita colaboração com os particulares, cumprindo-lhes,
designadamente, prestar aos particulares as informações e os esclarecimentos de que careçam, apoiar e estimular
as suas iniciativas e receber as suas sugestões
e informações”.
“Artigo 12º Princípio da participação:
Os órgãos da Administração Pública
devem assegurar a participação dos
particulares, [...], na formação de decisões
que lhes digam respeito”.
A colaboração e participação das
bibliotecas com os particulares não deveria ser estranho às bibliotecas, de
acordo com as Normas Portuguesas de Indexação e de Tesauros:
“A qualidade da indexação será tanto melhor quando mais direto for o contacto dos indexadores com os utilizadores (ponto 8.4 da NP 3715).
“Os especialistas de um determinado assunto devem também ser consultados” (final do ponto 10.3 da NP 4036).
Voltando ao novo CPA:
“Artigo 4º Princípio da prossecução do
interesse público”.
Ora qual o interesse público nas
bibliotecas? Para mim, é o público, e de acordo com muita bibliografiao que
mais interessa ao público é: “1º o catálogo
por assuntos”, até porque “muito raramente o leitor conhece os títulos
correctos” (UNL).
“Artigo 5º Princípio da Boa
Administração:
1 – A Administração Pública deve
pautar-se por critérios de eficiência,
economicidade e celeridade.
2 – Para efeitos do disposto no número
anterior, a Administração Pública deve ser organizada de modo a aproximar os serviços da população e de
forma não burocratizada”.
Ora a indexação pode ser feita por assuntos
e/ou CDU. Qual forma escolher?
1º A CDU do Direito tem 30 páginas e a
CDU de Saúde tem 90 páginas cheias de termos! Não é prático para o leitor (que
não conhece a tabela de CDU) nem para o indexador, e a Qualidade da indexação
depende da “competência do indexador” (ponto 8.1 da NP 3715). O que significa
que se o indexador não é competente na matéria do documento, o leitor nunca
mais encontra o documento… e muitas vezes os registos importados não têm CDU
nem assunto…
2º Na mudança da 1ª para a 2ª edição
da CDU portuguesa, os termos usados das classes de Religião e Literatura
mudaram quase todos, sendo a atualização das grandes bibliotecas que possuem
Depósito Legal problemática.
Que conclusão tirar do curso? Para
atender os leitores (artigo 4º), as bibliotecas devem usar os assuntos, pela
eficiência, celeridade e porque os assuntos são mais próximos da população que
a desconhecida CDU (artigo 5º), sempre com a participação dos leitores na
escolha dos assuntos (artigos 11º e 12º).
--
Bibliografia:
CPA: anexo ao Decreto-Lei nº 4/2015 de
7 de Janeiro.
NP 3715: Norma Portuguesa: Documentação:
Método para a análise de documentos, determinação do seu conteúdo e selecção de
termos de indexação. Lisboa, IPQ, 1989.
NP 4036: Norma Portuguesa:
Documentação: Tesauros monolingues: directivas para a sua construção e
desenvolvimento. Lisboa: IPQ, 1992.
UNL: “Nova Universitas”. Lisboa,
Universidade Nova de Lisboa, ano 1, nº 1 (Set.1983), p. 15 (a UNL começava a
organizar a nova biblioteca).
--
Imagem disponível em: <http://bibliotecativa.pt/wp-content/uploads/2015/11/27arc-u-2091_cph_bogsamler_interior.jpg>. Acesso em: 25 nov. 2015.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O BIBLIOTECÁRIO NOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO
Sabemos
que todo bibliotecário deve se especializar na área em que escolheu para atuar.
Conhecer a linguagem de sua área, o comportamento e as necessidades de seus
usuários, a rotina de trabalho de sua unidade de informação, estar aberto a
novas experiências etc. E com o perfil do bibliotecário nos veículos de
comunicação não é diferente.
O
bibliotecário que atua na área da Comunicação, voltada para a TV, jornal ou
publicidade, deve conhecer e saber utilizar de maneira adequada todos os
serviços de informação prestados por esses veículos. Conhecer a linguagem da
Comunicação, bem como as necessidades de seus usuários, constitui-se em fator
primordial para o seu sucesso profissional. No entanto, é preciso ir mais além.
Buscar aperfeiçoamento, seminários motivacionais, aproximar-se de seus colaboradores,
participar ativamente da política organizacional, orgulhar-se do que faz,
“vestir a camisa” da organização, por exemplo.
A
dinamicidade é uma das características principais das unidades de informação
inseridas nos veículos de comunicação. Isso significa que o bibliotecário que
atuar nessa área terá que se adaptar a essa dinâmica. É preciso estar atento à
velocidade com que se dá o ciclo informacional dentro desses veículos e,
consequentemente, à crescente produção documental. São imagens fotográficas e
em movimento, textos em linguagem natural, campanhas publicitárias, cartazes de
divulgação, digitalização de documentos, mídias com conteúdos diversos a serem
arquivados, enfim, o bibliotecário enquanto gestor necessitará ter competência
para tratar esse leque de conteúdo informacional. Para isso, o bibliotecário
deve estar atento e fazer conexões entre as informações que são veiculadas na
TV, no rádio, nos jornais, nas revistas e na Internet, visando estabelecer
relações que venham ao encontro da melhor maneira de tratar e gerir a
informação.
Imagem disponível em: <http://goo.gl/ExYwoL>. Acesso em: 22 nov.
2015.
O
tratamento dado a essa informação, e aos documentos em si, é bem diferenciado.
É, na verdade, um trabalho realizado por uma equipe multidisciplinar, composta
não apenas por bibliotecários, mas também por técnicos de informática,
arquivistas, auxiliares de biblioteca, historiadores, administradores,
publicitários, jornalistas, dentre outros profissionais. Contudo, o
bibliotecário responsável pela unidade de informação deverá saber administrar
coerentemente essa equipe multidisciplinar, além de dar uma “nova roupagem” às
técnicas de indexação, catalogação e classificação, adaptando-as à realidade do
ambiente e valorizando a sua profissão, ocupando, assim, o seu espaço na gestão
da informação. Daí a importância, principalmente, das competências
criatividade, inovação e trabalho em equipe.
Portanto, o bibliotecário que atue na área da
Comunicação deverá se adaptar às mudanças e enxergar novas possibilidades em
seu ambiente de trabalho e no fazer da Biblioteconomia. Criar políticas
organizacionais, desenvolver novos serviços de informação, ser capaz de
elaborar projetos ousados, estar atento à dinâmica dos veículos de comunicação,
estar disposto a pesquisar novos produtos, novas ferramentas e softwares, dentre outras atitudes.
Entendemos que essa deve ser a postura profissional do bibliotecário numa
unidade de informação inserida em quaisquer veículos de comunicação, para que
tanto os seus colaboradores quanto a sociedade como um todo reconheçam e
valorizem a sua profissão, bem como toda a sua formação no ambiente acadêmico
não seja em vão.
domingo, 22 de novembro de 2015
Assinar:
Postagens (Atom)