segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

VALE AINDA VALE?

Por Ana Luiza Chaves

Drummond já poetizou e profetizou o doce amargo de forma crítica há tempos, mas parece que nada mudou de lá para cá. Pessoas morrem, pessoas choram, animais agonizam, natureza reclama. 

Aqui, não interessa a posição da vírgula, se exclamação ou interrogação, nem tão pouco a análise gramatical, se verbo ou substantivo, o que interessa mesmo é a atitude a ser tomada e a posição de agora em diante. 

Vamos ver se a Vale ainda vale alguma coisa, ou se será apenas um vale, $abe-se lá de quanto... 

Desse jeito não, Vale!
Desse jeito não vale!
Vale, NÃO!
Vale vale?
Vale não vale, não!
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#otextoénosso #tragédiadebrumadinho

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PARE! OLHE-ESCUTE!


Por Ana Luiza Chaves

As ordens da placa são a condição sine qua non para se executar um serviço de referência com excelência e qualidade.

Apesar de imperativas, são amigas, e só tendem a fazer o bem.

PARE! Desligue-se daquilo que estava fazendo antes, o momento agora é desse usuário que lhe procura.

OLHE! Momento de equilíbrio, de sintonia com o outro, olhe para dentro desse usuário e faça a sua leitura.

ESCUTE! Seja todo ouvidos! Escute o que ele tem a dizer com paciência, suas demandas, suas dúvidas, suas aspirações à informação, sobretudo, entenda o contexto.

Agora sim! Hora de executar! Mas, se for preciso, comece tudo de novo...

PARE! OLHE-ESCUTE! Essencial para a prática biblioteconômica.
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#otextoénosso #serviçodereferência
Texto inspirado em peça do Museu do Trem, na Estação Central Capiba, no Bairro de São José, Centro de Recife - PE, que contém a inscrição que dá título a esta postagem.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

VAMOS TRANSFORMAR O LINEAR EM CIRCULAR?

Por Ana Luiza Chaves 


Nada contra a linearidade, ela, por muitas vezes é fundamental, é lógica e, às vezes, a única opção. Há coisas que se iniciam, vão em frente e são concluídas, sem possibilidade de retorno, de conserto. O processo segue e não tem como voltar. 

Já com a circularidade, há sempre a condição de recomeço, ou pelo menos de revisão, de checagem. Em alguns casos é, naturalmente, cíclico. 


Se o contexto é de linearidade, a saída é seguir em frente, mas, é sempre bom fazer uma nova leitura para enxergar a possibilidade de circularidade, o tal círculo virtuoso, que faz a vida, o trabalho e as coisas melhorarem. 

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

TEMOS CLIENTES, QUE BOM!


Por Ana Luiza Chaves

Todo mundo é cliente de alguém e tem alguém como cliente. Sempre recebemos de alguém e passamos para alguém, seja na empresa que trabalhamos, reforçando a ideia de cliente e fornecedor interno, seja no mercado, comprando e vendendo. 

Nas bibliotecas e nos centros de informação e documentação não é diferente. Temos que estar bem atentos às necessidades de informação, para atender conforme o perfil de cada um, fazendo um bom trabalho de escuta. Saber ouvir e fundamental, assim gomo saber perguntar, pois, muitas vezes, o próprio cliente ainda não sabe o que quer e, neste caso, o feedback positivo vai fazer toda a diferença para alcançarmos o objetivo. 

No Dia do Cliente, vale o aviso de estarmos sempre abertos para atendermos bem ao nosso cliente, pois sem ele as portas podem se fechar. 

Temos clientes, que bom! 




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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

MUSEUS E BIBLIOTECAS MOSTRAM QUE SOMOS O QUE FOMOS

Por Ana Luíza Chaves e Fabíola Bezerra

Na última semana, a imprensa escrita, falada e televisiva, bem como as mídias sociais, tiveram como assunto de pauta principal o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. De repente, os museus, de um modo geral, saíram do “anonimato” e do “esquecimento” e viraram assunto do dia.


Políticos, instituições, profissionais, todos, de um modo ou de outro, manifestaram sua opinião, sua indignação ou a sua indiferença ao incêndio. O acidente virou manchete na imprensa internacional e deixou muitos brasileiros envergonhados pela imagem de descaso público perante um importante bem histórico e cultural do país.

Como um efeito cascata, museus pelo Brasil afora foram vistoriados e laudados, validando o que os museólogos já sabiam: a maioria deles está com prazo de validade vencida. Como por encanto, ou mágica, o que era esquecido virou manchete, as “velhas reivindicações” foram resgatadas, muitos se “livraram” da culpa, pois em algum momento do “passado” tinham registrado a situação de perigo e de abandono do Museu Nacional.

Quando virou pauta do dia e autoridades foram pressionadas por soluções e/ou reparações pelos maus tratos e descasos, fiquei na expectativa e na esperança de que as bibliotecas públicas, além da Nacional, óbvio, fossem incluídas nas instituições que merecem atenção e cuidados emergenciais e/ou especiais.

Em fevereiro deste ano, um incêndio atingiu uma sala no terceiro andar do prédio da Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco, no campus Recife.

Uma biblioteca pública do Maranhão, o Farol do Saber, na cidade de Cidelândia, a 640 km de São Luís, também pegou fogo, consumindo livros e móveis, na madrugada do sábado que antecedeu o domingo do incêndio do museu.

A reforma da fachada do prédio da Biblioteca Nacional, que trouxe de volta as características originais do prédio com o reparo nas janelas de madeira, além da pintura e da limpeza da cúpula de cobre, foi um avanço para preservação do patrimônio histórico e cultural do Brasil. A instituição, como o Museu Nacional, é a maior da América Latina e é referência nacional e internacional para a preservação do patrimônio bibliográfico e documental.

Arquivos e biblioteca também foram destruídos no incêndio do Museu Nacional, a Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional/UFRJ, o Centro de Documentação de Línguas Indígenas, e a Biblioteca Francisca Keller, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social.

Não estamos mais em tempos de queimar livros por decisão, como em Alexandria, Granada e Louvain, mas também não podemos deixar que sejam incendiados por indecisão e falta de ação preventiva.

Analisando a humanidade com um pensamento estritamente histórico, nós somos o que fomos. Um pouco de todos nós se perdeu nas chamas do incêndio do Museu Nacional, perdas irreparáveis.

Como conhecer a nós mesmos sem as fontes arqueológicas, documentais e bibliográficas?

Todo cuidado é pouco!
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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

INDEPENDÊNCIA

Por Ana Luiza Chaves

Independência!
Será? Onde está?
Fazendo a leitura, ainda há pendência,
Pendência de saúde, de educação, de habitação...
Ainda há tráfico de influência,
Ajeita daqui, ajeita dali, você sabe com quem está falando?
Herança colonial, fardo ainda atual e com muita fluência,
Deixemos de lado, não consideremos.
Consultando o cerne da questão, a veia da essência,
Resta-nos buscar mais, sempre mais,
Cada um no seu contexto, com consciência e paciência.
Contribuir, dedicar-se e construir,
Seja na sociedade, na ciência ou na docência...
Todos são uma nação, não a deixemos na mão,
Nada de resistência, violência, nem maledicência,
Se a cada dia edificarmos, a cada dia é de ficarmos
Com mais liberdade, mais plenitude, mais independência.
Povo heroico e de braço forte,
Esbanja benevolência e obediência.
Burrice? Panaquice?
Não. Sabedoria! Inteligência!
Com passividade, sem arbitrariedade, queremos:
Do político, eficiência!
Ouve o nosso brado silencioso.
Do governo, consistência!
Somos filhos que não fogem à luta.
Do mundo, evidência!
Somos gigantes pela própria natureza.
Uma nova leitura, Independência!



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#Otextoénosso #IndependênciadoBrasil

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

DIVERSIDADES E ADVERSIDADES

Por Ana Luíza Chaves e Fabíola Bezerra

O mundo está diferente! Na atualidade, as pessoas manifestam seus desejos e posicionamentos de forma mais explícita. Talvez, por essa razão, as adversidades se tornam mais evidentes e contundentes.

Agora, mais do que nunca, as pessoas são únicas. Não há mais um padrão para escolhas, cada uma é livre no pensar e no agir, podendo mudar de opinião, conforme o contexto que vai se alterando. É óbvio que a responsabilidade não deixa de ser diretamente proporcional a tudo isso.

O marketing, por força desse fenômeno, se atualiza a cada dia, buscando os sentimentos das pessoas para encantá-las holisticamente. Ele adentra na vida das pessoas sem pedir licença, envolve, atrai e entrega valor agregado a toda hora.

Aplicando na nossa atuação profissional, atender cada usuário na sua necessidade passa a ser fundamental nos dias atuais. Informação certa, na hora certa, para a pessoa certa, continua sendo o jargão da vez, agora, mais do que nunca. Porque hoje, cada pessoa tem a sua interpretação para a leitura que fez.

E como tudo é diverso e adverso, devemos saber lidar e atender bem as pessoas, não só olhando para o anverso, mas, sobretudo, para o verso, é lá que podem estar as respostas.

As bibliotecas de um modo geral, sempre tiveram nas mãos informações poderosas sobre gostos e preferências de pessoas, é bem verdade que os dados coletados nos diferentes sistemas de informações de bibliotecas são usados exclusivamente para fins estatísticos, minimizando o “poder” de seus bancos de dados.


Fala-se em satisfação de usuários apenas na perspectiva de cobertura de conteúdo para fins de pesquisa, esquecemos de entender as preferências, manias, escolhas, frequência de uso e outras infinidades de “diversidades e adversidades” registradas diariamente em nossos bancos de dados.

Então, o que fazer com essa “mina de ouro” de dados coletados? 
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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

BIBLIOTECÁRIO, ENTRE A LAGARTA E A BORBOLETA


Por Fabíola Bezerra

Nas aulas de Biologia, ainda na escola, aprendemos que toda lagarta deve virar uma borboleta, o processo corresponde a alguns estágios, sendo eles: ovo, lagarta, pupa e, por fim, borboleta. É um processo cíclico, contínuo e único. 

O procedimento de transformação começa quando uma borboleta fêmea coloca ovos em alguma planta hospedeira, sendo que cada espécie ESCOLHE um tipo de vegetação para deixar seus ovos, essa mesma vegetação servirá de alimento para as lagartas-bebês tão logo saiam dos ovos. 

Gostaria de usar o processo natural de transformação das lagartas em borboletas, como analogia, para falar do percurso profissional do bibliotecário. 

Muitos são os motivos ou incentivos para levar uma pessoa até a Biblioteconomia. O acaso pode ser um deles. É possível que seja pela falta de afinidades com as ciências exatas, ou a falta de opção dentre as ciências humanas. Outros chegam até a Biblioteconomia porque conhecem algum bibliotecário de sucesso, ou possuem algum familiar que é bibliotecário. 

Grande parte escolhe a Biblioteconomia por entender que é um curso de fácil acesso às universidades federais. Estas são apenas algumas situações possíveis de acontecer. 

O MOTIVO para escolha da Biblioteconomia comparamos com a ESCOLHA das borboletas fêmeas ao procurar uma planta hospedeira para deixar seus ovos. 

A escola de Biblioteconomia pode ser uma universidade pública, privada e agora também na modalidade EAD. Acredito eu que essa escolha também irá refletir na formação dos bibliotecários. 

Ao concluir o ensino superior, todos os bibliotecários saem teoricamente prontos para adentrar no mercado de trabalho, diria que são igualmente “lagartas” em processo de transformação e aperfeiçoamento. Como lagarta é preciso iniciar uma evolução ou progresso rápido para sair do seu casulo, pois o mercado a cada dia exige e cobra mais qualificação. 

Os caminhos a percorrer vai depender das afinidades e habilidades profissionais descobertas ainda na universidade. Alguns bibliotecários(as) recém formados(as), percebem rapidamente que o processo de transformação entre “lagarta e borboleta” exigirá dele(a) muita determinação em busca da qualificação contínua até sair definitivamente do seu casulo. 

Acredito eu que todo profissional, assim como as lagartas, nasceram para virar borboletas, porém, por motivos outros, muitos permanecem como lagartas, ou, se tornam lagartas de fogo.



Se toda lagarta nasceu para virar borboleta, assim como todo profissional saiu da universidade para brilhar, por que alguns não viraram borboletas?
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segunda-feira, 30 de julho de 2018

DE VOLTA PARA O PRESENTE COM O OLHAR NO FUTURO

Por Ana Luíza Chaves


Este texto de hoje é destinado aos profissionais da educação, que retornam às aulas depois das férias de julho.

De volta para o presente com olhar no futuro é retornar ao período letivo já sabendo quais atividades serão realizadas ao longo do semestre, ou seja, com tudo pensado e planejado.

Para os professores, coordenadores e orientadores, isso é de praxe, haja vista as reuniões que ocorrem sistematicamente para esse fim.

Para os bibliotecários, nem sempre. Há instituições educacionais que incluem o bibliotecário nessa programação, mas é uma realidade ainda incomum.

Diante disso, é fundamental sensibilizar a direção da instituição sobre essa necessidade, pois muitas atividades podem ser idealizadas em parceria com a biblioteca, com vistas a diversificar o plano de aula. É cabível e oportuno para qualquer tipo de biblioteca.

Recepção dos novatos e veteranos, Dia Nacional da Saúde, Dia Estadual da Lei Maria da Penha, Dia do Estudante, Dia Nacional das Artes, Dia do Economista, Dia do Folclore, Dia do Psicólogo, essas datas são todas em agosto, sem falar no Dia do Professor e na Semana Nacional do Livro e da Biblioteca em outubro.

Tudo isso, em combinação com os professores, pode ser usado como pano de fundo e motivo para incentivar a leitura, executar atividade diferenciada na biblioteca, organizar seminários com alunos, trazer exposições e palestrantes de fora, etc.

Bibliotecário, se você ainda não pensou em nada, ainda dá tempo, programe-se, discuta com a coordenação, se faça presente no contexto da sua instituição!

Pedagogia e Biblioteconomia é uma parceria que dá certo. Ganham ambos os lados e mais ainda os usuários de sua biblioteca.


Vamos ganhar o presente e trabalhar o futuro!
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segunda-feira, 23 de julho de 2018

IN ou OUT?

Por Ana Luíza Chaves 

Entrada / saída; dentro / fora; ligado / desligado, desde muito cedo convivemos com essas palavras da língua inglesa nos mais diversos momentos e situações. Qualquer pessoa, mesmo não tendo o domínio do inglês, consegue decifrar esses vocábulos. No entanto, adicionados a outras palavras da língua, já se tornam expressões idiomáticas de difícil compreensão para os leigos, ampliando seus significados.  

Como são antônimos, se completam. Afinal, o que seria da entrada se não houvesse uma saída? Ficaríamos presos para sempre. E se não pudéssemos nos desligar por um instante? Estaríamos fadados ao cansaço. Pois bem, hoje vamos abordar os termos inbound e outbound aplicados ao marketing.  


Inbound marketing é uma forma de fazer publicidade usando plataformas online, tais como youtube, blog, podcasts, e-books, newsletters, whitepapers, SEO, adentrando no conceito de marketing de conteúdo, para atrair futuros leads à base de contatos, ou seja, interesses das pessoas, do público alvo, criando um relacionamento duradouro. 

É uma estratégia de marketing digital, também chamada de marketing de atração, pois, ao invés de interromper, busca-se atrair, primeiro passo dentro do processo: atrair, converter, vender e, por fim, encantar. Conquistar visitantes, converter em leads, transformá-los em consumidores e, finalmente, fidelizá-los, para que promovam a marca, o produto ou o serviço. 

Em tempos de mídias sociais, de tecnologias informacionais, é a febre da atualidade, porque as facilidades são inúmeras. 

Mas, e o outbound marketing, do que se trata? Na verdade, é o marketing realizado pelos canais mais tradicionais, outdoor, TV, rádio e até a mala direta e o telemarketing, que antes já foram considerados canais de ponta. 

Enquanto o inbound busca uma maneira passiva de conquistar clientes, há empresas que necessitam / preferem prospectá-los ativamente. 

Portanto, há espaço para ambos, dependendo do contexto, da empresa e das estratégias de marketing. A ordem é aditiva e não alternativa: inbound e outbound! 

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