segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

TOME UM "CHA" DEPOIS DO CARNAVAL

Por Fabíola Bezerra

Gostaria de aproveitar o período carnavalesco para falar de segmentação de públicos.
O carnaval é uma festa popular, embora sendo classificada assim, não atende a todos os públicos. No Ceará, por exemplo, existem atividades que são realizadas para o público que não aprecia o carnaval, o “Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga” é um bom exemplo disso. Realizado há dezenove anos na serra de Guaramiranga, sempre no período de carnaval, o festival apresenta músicas do Brasil e do mundo, apresenta ritmos diversos, “do jazz ao blues passando pelo choro, o forró, a valsa, o mambo” etc., “[...] arranjos autorais ou ricos improvisos que transformam tudo em um grande encontro da música nos palcos do Festival Jazz & Blues”.
Além do festival de jazz, para atender outro público durante o carnaval, a Comunidade Católica Shalom realiza um retiro de carnaval chamado “Renascer”, o evento é gratuito e acontece há dezesseis anos, é um evento que consta de “momentos de animação musical, intervenções artísticas e seminários religiosos”.
Existem outras categorias de pessoas que gostam de aproveitar o feriado do carnaval simplesmente para repousar. Existe, ainda, outro tipo de público, diria que mais restrito, que aproveita o feriado de carnaval para finalizar a dissertação do mestrado, por exemplo, na minha família mesmo, neste momento estou com um irmão e uma sobrinha fazendo exatamente isso neste carnaval.
Observando essas diferenças de segmentos, com gostos, necessidades e preferências tão especificas, é fácil compreender quando pesquisadores da área de Marketing afirmam que o mercado segmentado é uma realidade que merece atenção dos empreendedores.
Segmentar, segundo a teoria do marketing, significa dividir o mercado em grupos de consumidores/compradores potenciais que têm as mesmas preferências, necessidades e percepções de valor do que desejam adquirir.
Portanto, conforme recomenda o marketing, trabalhar simultaneamente com diferentes públicos pode não ser uma opção inteligente, considerando que cada vez mais as pessoas estão mais exigentes e buscando produtos e serviços personalizados e que atendam às suas necessidades específicas.
O bibliotecário por formação possui conhecimento e habilidades que o possibilita trabalhar com diferentes públicos, dominar ferramentas de recuperação da informação na ERA do conhecimento é um grande diferencial competitivo para atuar em diferentes mercados.
Continuo acreditando que o grande vilão dos bibliotecários é achar que seu mundo profissional se limita à aprovação em concursos públicos ou se restringir a trabalhar apenas em bibliotecas.
Há poucos dias tivemos acesso a um interessante texto veiculado nas redes sociais que apresentava um gigantesco leque de atuação de mercado para os bibliotecários. Isso só comprova que também para os bibliotecários existe a possibilidade concreta de entrar no mercado de trabalho por outras vias profissionais, que vão além da “dependência” dos concursos.
Nestes casos, acredito que o que levará o bibliotecário a passar de nível será mais uma questão de atitude, de ousadia e de coragem de mudar seu status quo, imprescindível para os dias de hoje. 

OBS: "CHA" se referindo a conhecimento, habilidade e atitude, citados no texto

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