Um sábado desses, eu estava assistindo a um programa de televisão
que apresentou um projeto superinteressante que se chama "Arquiteto de
Família", cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida de famílias
carentes do Morro Vital Brasil, em Niterói. “Com pequenas mudanças em
infraestrutura, os moradores constroem soluções para viverem num lugar
agradável e que também faça bem à saúde. De porta em porta, o Arquiteto
de Família transforma moradias e ruas".
Fiquei encantada com o lado social do projeto, com o desprendimento dos
profissionais e, acima de tudo, com a desmistificação da ideia elitista
da profissão e do profissional. Ações voltadas para a aplicação de
soluções técnicas, porém simples, agregam imenso valor e qualidade de
vida àquela comunidade.
Ao assistir ao programa, foi inevitável
não pensar nos bibliotecários, os quais, diferente dos arquitetos, não
fazem parte de uma classe supostamente elitista. Porém, eles conseguiram
encontrar uma maneira de se aproximar da comunidade de forma útil e
solidária. Fiquei pensando em nós bibliotecários e na nossa missão
enquanto profissionais, pois trabalhar com o público e para comunidades
específicas faz parte do nosso metiê profissional.
Das ações desenvolvidas por bibliotecários, que se assemelham nos
moldes do projeto citado acima, pelo menos que eu conheço voltadas
diretamente para melhorias de comunidades específicas, são as
bibliotecas comunitárias. A informação e o conhecimento são bens
intangíveis, mas de valor incomensurável; por meio deles o indivíduo
poderá mudar radicalmente seu status quo e criar novas condições dentro
da sociedade.
Por que, então, nós bibliotecários não nos
“empoderamos” da nossa profissão? Por que não vamos em busca de ações
que poderão efetivamente criar valor ao nosso trabalho? Por que não
criamos um “gap” e um maior sentimento de necessidade de atuação de
bibliotecários em diferentes locais dentro da sociedade? Será se tudo é
reflexo da dificuldade que temos de desassociarmos a nossa atuação do
espaço físico de bibliotecas?
E que tal colocarmos a “mão na massa” e começarmos a pensar em algo que também possa nos diferenciar profissionalmente?
Será isso apenas utopia de um bibliotecário sonhador? Se alguém não
tentar, nunca saberemos se será possível. Alguém topa abraçar esse
desafio?
segunda-feira, 30 de março de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E PRÁXIS BIBLIOTECÁRIA
Muitos são os vieses que conduzem
o bibliotecário para uma área conhecida como Segurança da Informação (SI). Seja
no dia-a-dia com o usuário, seja na solução de problemas com máquinas disponibilizadas
para pesquisas, seja com dúvidas referentes ao sinal Wi-Fi da biblioteca ou
mesmo com manutenção e reparo de seu computador de trabalho...
Nesse sentido, o que melhor vem
ao encontro de nossas bibliotecas nos dias de hoje? Uma ação corretiva ou uma
ação preventiva? Pensando nisso, é importante refletirmos sobre a temática SI também
no âmbito da Biblioteconomia, pautando em documentos normativos próprios as tomadas de decisão e os procedimentos
adotados, por meio de uma Política de
Segurança da Informação.
Bibliotecário "inquieto" nem sempre pode esperar que a decisão em elaborar uma Política dessa
envergadura parta unicamente da alta gestão da organização ou do setor de TI. O bibliotecário pode
muito bem, e às vezes até deve, estar envolvido diretamente na elaboração desse
documento, até para que possa efetivamente contemplar a biblioteca, o centro de
documentação ou a unidade de informação onde atue profissionalmente.
Iremos esperar até que informações sejam roubadas dos computadores de nossas bibliotecas, que dados sejam perdidos de nossos sistemas de gerenciamento da informação, que nossas redes sejam atacadas virtualmente para, só então, valorizarmos as ações de SI (apenas numa medida corretiva) ou daremos um passo
à frente em nossos locais de trabalho visando inovar com uma postura pró-ativa
(por meio de uma ação preventiva)?
sexta-feira, 20 de março de 2015
terça-feira, 17 de março de 2015
segunda-feira, 16 de março de 2015
XADREZ: LÚDICO E ESTRATÉGICO
O
xadrez é um jogo de natureza recreativa e competitiva, que usa lógica,
estratégia e tática. As regras gerais e a interdependência entre as
jogadas impõem ao jogador raciocínio, planejamento, concentração,
memória, autocontrole, cálculos, conjecturas e projeção de cenários
futuros. Na matriz curricular de diversos cursos há disciplinas que
utilizam esses elementos e, uma vez
explorados com a simbologia do jogo, de forma concreta e lúdica, podem
auxiliar a aguçar inteligências, habilidades e atitudes, para situações
reais na vida pessoal e profissional.
É possível a biblioteca
planejar uma ação envolvendo o jogo de xadrez, a partir de parcerias com
as coordenações dos cursos. Além de trazer movimento para a biblioteca,
é uma prática pedagógica inovadora, com dinâmica diferenciada, que
estimula os alunos a buscarem novos recursos de estudo, aplicáveis à
vida prática.
Alguma biblioteca já usa esse recurso?
quinta-feira, 12 de março de 2015
OS CAMINHOS TRILHADOS NA BIBLIOTECONOMIA
O percurso profissional é marcado por diferentes experiências de natureza
prática e teórica, algumas vezes nos deparamos no dia a dia do nosso fazer
bibliotecário com a possibilidade de validar algumas teorias conceituais,
outras vezes, as experiências vívidas no trato com nossos usuários, nos levam a
construção de novas teorias, a Biblioteconomia é um aprendizado constante e
contínuo.
A possibilidade de trabalhar e ou estagiar em diferentes tipologias de bibliotecas, complementam com
segurança as lacunas deixadas na época de faculdade. O aprendizado ao longo da
vida tão fortemente defendido neste século 21 deve ser o compromisso diário do
bibliotecário, a prática da aprendizagem pautada nos quatro pilares da educação
nos leva a um processo constante de “aprender a conhecer”, em busca de um
conhecimento que não se esgota. Ao “aprender a fazer” novas práticas e novas
habilidades, as experiências vividas, nos ensinam acima de tudo o desafio de “aprender
a conviver”, habilidade fundamental para quem vai trabalhar com diferentes
públicos, e, finalmente, as experiências no exercício da profissão, facultam a
possibilidade de “aprender a ser”. Os saberes e competências adquiridas devem
caminhar entrelaçados, uma vez que todas se relacionam e interagem entre si com
um único propósito: a formação do bibliotecário.
Citamos ainda a motivação, o entusiasmo, a curiosidade, a ousadia, a
coragem, e a perspicácia como características que diferenciarão o bibliotecário,
possibilitando-o que consiga vencer os desafios advindos das tecnologias que
rapidamente automatizam nossa profissão. Aliar forçar com as tecnologias é
sinal de sabedoria e o passaporte que garantirá um excelente desempenho
profissional.
Minha geração profissional literalmente migrou do manual para o digital,
tivemos nossas práticas radicalmente alteradas em função do uso maciço das
tecnologias no processo de recuperação da informação, aprendemos a conviver com
o usuário virtual e os documentos nas nuvens. Restou-nos a hipótese da
qualificação e do enquadramento em um novo cenário que não aceita e não tem
espaço para o profissional tradicional.
Mudei minhas práticas, mas não mudei minha essência, o meu compromisso com a
qualidade do meu trabalho foi favorecido com o uso das tecnologias em prol do
que eu acredito profissionalmente. Antigamente falava de Biblioteconomia ao
vivo com meia dúzia de bibliotecários amigos, hoje, interajo com quase 4000
outros bibliotecários espalhados nos quatro pontos do planeta por meio do Mural
Interativo do Bibliotecário.
FELIZ BIBLIOTECONOMIA PARA VOCÊS!
domingo, 8 de março de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
E A FORMAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO...? COMO ESTÁ...?
Por Fabíola Maria Pereira Bezerra
É sabido que os códigos de catalogação e classificação no processo de representação da informação são ferramentas de trabalho do bibliotecário. Na universidade, as disciplinas de catalogação e classificação são obrigatórias, pois é no processo de formação do profissional que o mesmo adquire habilidades para manuseio e uso dos códigos.
É sabido que os códigos de catalogação e classificação no processo de representação da informação são ferramentas de trabalho do bibliotecário. Na universidade, as disciplinas de catalogação e classificação são obrigatórias, pois é no processo de formação do profissional que o mesmo adquire habilidades para manuseio e uso dos códigos.
No meu tempo de faculdade, o Curso de Biblioteconomia possuía vários “jogos”
da CDD e da CDU para os alunos, hoje ouvi dizer que estas ferramentas não
existem em uma universidade que fica “logo ali”. Fica então a dúvida: como pode um Curso de Biblioteconomia não possuir
códigos de classificação para os alunos?...Ou será que inventaram algo mais
moderno e eu não estou sabendo?
quarta-feira, 4 de março de 2015
segunda-feira, 2 de março de 2015
INÍCIO DE SEMESTRE NAS BIBLIOTECAS: SEJAM BEM-VINDOS!
por Ana Luiza Cavalcanti Farias Chaves
co, seja de alunos novatos ou veteranos, a fim de que possamos, enquanto administradores do sistema, dar o nosso recado da forma mais abrangente possível.
Não há uma forma única, uma receita de bolo, até porque cada biblioteca
tem os seus objetivos e seu público específico. A verdade é que dispomos de
vários meios, canais e mídias para fazê-lo com excelência, bastando para tanto,
usarmos a criatividade e fazer um bom planejamento prévio das ações a serem
tomadas com a equipe de trabalho, alinhando-o com a coordenação/direção e
focando nos usuários.
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