segunda-feira, 6 de agosto de 2018

BIBLIOTECÁRIO, ENTRE A LAGARTA E A BORBOLETA


Por Fabíola Bezerra

Nas aulas de Biologia, ainda na escola, aprendemos que toda lagarta deve virar uma borboleta, o processo corresponde a alguns estágios, sendo eles: ovo, lagarta, pupa e, por fim, borboleta. É um processo cíclico, contínuo e único. 

O procedimento de transformação começa quando uma borboleta fêmea coloca ovos em alguma planta hospedeira, sendo que cada espécie ESCOLHE um tipo de vegetação para deixar seus ovos, essa mesma vegetação servirá de alimento para as lagartas-bebês tão logo saiam dos ovos. 

Gostaria de usar o processo natural de transformação das lagartas em borboletas, como analogia, para falar do percurso profissional do bibliotecário. 

Muitos são os motivos ou incentivos para levar uma pessoa até a Biblioteconomia. O acaso pode ser um deles. É possível que seja pela falta de afinidades com as ciências exatas, ou a falta de opção dentre as ciências humanas. Outros chegam até a Biblioteconomia porque conhecem algum bibliotecário de sucesso, ou possuem algum familiar que é bibliotecário. 

Grande parte escolhe a Biblioteconomia por entender que é um curso de fácil acesso às universidades federais. Estas são apenas algumas situações possíveis de acontecer. 

O MOTIVO para escolha da Biblioteconomia comparamos com a ESCOLHA das borboletas fêmeas ao procurar uma planta hospedeira para deixar seus ovos. 

A escola de Biblioteconomia pode ser uma universidade pública, privada e agora também na modalidade EAD. Acredito eu que essa escolha também irá refletir na formação dos bibliotecários. 

Ao concluir o ensino superior, todos os bibliotecários saem teoricamente prontos para adentrar no mercado de trabalho, diria que são igualmente “lagartas” em processo de transformação e aperfeiçoamento. Como lagarta é preciso iniciar uma evolução ou progresso rápido para sair do seu casulo, pois o mercado a cada dia exige e cobra mais qualificação. 

Os caminhos a percorrer vai depender das afinidades e habilidades profissionais descobertas ainda na universidade. Alguns bibliotecários(as) recém formados(as), percebem rapidamente que o processo de transformação entre “lagarta e borboleta” exigirá dele(a) muita determinação em busca da qualificação contínua até sair definitivamente do seu casulo. 

Acredito eu que todo profissional, assim como as lagartas, nasceram para virar borboletas, porém, por motivos outros, muitos permanecem como lagartas, ou, se tornam lagartas de fogo.



Se toda lagarta nasceu para virar borboleta, assim como todo profissional saiu da universidade para brilhar, por que alguns não viraram borboletas?
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